Este fim-de-semana que passou decidi que ia fazer algo diferente, então pensei que podia sair um pouco de casa e que podia passar uns dias de descanso algures num qualquer sítio. Foi então que comecei a planear para onde ia, o que tinha que levar na viagem e com quem ia. Enquanto fazia todo este planeamento, descuidei-me e saí para a rua e a porta de casa fechou-se comigo do lado de fora! Como é uma porta daquelas que por fora só abrem ou com chave ou com um ou dois paus de dinamite foi impossível voltar a abrir. Foi assim que passei o fim-de-semana todo fora, mas foi fora de casa…o que até foi bom! Não gastei muito dinheiro em comida, estadias, combustível, portagens, nem sequer me arrisquei a ter acidentes nas estradas…e depois ainda dizem que ir para fora é só para os ricos!
Foi um fim-de-semana bem passado na companhia de moscas, mosquitos, gafanhotos e esquilos. Descobri até que no meu jardim existem flores, porque passou lá alguém que tinha ido ao cemitério trocar as flores de uma campa e deitou para o meu jardim as velhas! E eu pensei, bem, mais vale velhas do que nenhumas…ainda por cima estas são melhores que as outras porque não precisam de ser regadas!
As refeições resumiram-se a uma no domingo…segui o padre e o resto da população pela aldeia fora e fui petiscando nas casas dos outros para matar a fome, mesmo nas casas onde o padre não foi, eu fui…nestas festas há sempre muita comida…se fechasse bastante os olhos enquanto comia, parecia que se ouvia o mar e que estava num hotel junto à praia (isto só era possível naquela casa onde tive que ir ao W.C. enquanto comia um pedaço de presunto e quando puxei o autoclismo parecia mesmo o ruído das ondas).
Na segunda-feira, estava eu já bastante bronzeado de dormir encostado à porta de casa, que me levantei e pensei “Que ricas mini férias!” Então tirei a chave do bolso e voltei para casa, e neste momento tive ainda outra vantagem que foi o facto de não ter malas para desfazer nem arrumar!
Tenho que repetir isto mais vezes…
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