sábado, 30 de abril de 2011
Dove Beauty Finish
A Dove acaba de lançar uma nova linha de desodorizantes femininos, o Dove Beauty Finish (que está disponível tanto em roll-on como em spray). Este desodorizante apenas pode ser utilizado por raparigas e mulheres bonitas que pretendam terminar com a sua beleza e sensualidade, passando a ser uns trambolhos. Como o próprio nome indica, este desodorizante acaba com a beleza (Beauty Finish) das pessoas que o utilizarem.
Segundo as informações do site Dove, este desodorizante possui ingredientes especiais – os “minerais de beleza” Pearlescent Mica. Estes minerais contêm propriedades reflectoras de luz e de homens, e deixam a pele horrível e as axilas peludas, mas fofinhas e quentinhas como a lã das ovelhas.
Vejam o que aconteceu à miúda do anúncio depois de aplicar um pouco deste revolucionário desodorizante:
O slogan do produto é: “Completa o teu ritual de beleza”, mas sugiro que alterem para “Completa o teu ritual satânico”, que me parece um pouco mais apropriado.
Mais informação sobre o produto, pode ser encontrada no site oficial.
Descobrir a Índia (27-03-2011)
Chegou o momento de revelar mais um dia da viagem de descoberta do caminho parvo para a Índia – o 4º dia. E o tema principal deste dia é o trânsito… Sim, outra vez, porque o trânsito na Índia é mesmo especial e merece que seja abordado em dois posts (ou em mais).
Neste dia andei um “pouco” numa auto-estrada indiana, na “National Highway 76”, e vi um pouco de tudo na estrada:
Acidentes:
Durante as 2 semanas de estadia da Índia e tendo em conta o trânsito caótico que existe, apenas vi um acidente e foi nesta auto-estrada. Tendo em conta o que por lá circula nas auto-estradas e as maiores velocidades praticadas, é normal que seja o local mais propício a acidentes:
Vacas:
Vi vacas a circular nas bermas da auto-estrada e até vi umas quantas a atravessarem a auto-estrada. Como as vacas são sagradas na Índia, podem andar em todo o lado, no passeio, na estrada, na berma, na auto-estrada, nas estações de serviço e até na linha de comboios havia vacas (não consegui descobrir se eram vacas movidas a energia eléctrica, a diesel ou se ainda eram a vapor…). Durante a estadia tive oportunidade de ver vacas em todo lado, excepto no meu prato em forma de bife ou costeletão…
Pára-choques:
Em plena auto-estrada, vi um jipe com 4 indianos pendurados no pára-choques traseiro ou os seus traseiros iam lá para servirem de pára-choques ao jipe… não cheguei a perceber bem qual o objectivo de lá irem pendurados a 120Km/h. O que é certo é que qualquer veículo pode ter um número de lugares teórico, mas na prática, conseguem transportar muitos mais passageiros indianos de um lado para o outro. Vejam este pára-choques traseiro “peCUliar”:
Contra-mão:
Cá em Portugal apenas os idosos em carros papa-reformas ou em tractores circulam em contra-mão, na Índia qualquer um pode circular em contra-mão. Eu tive a oportunidade de experimentar esta sensação de andar em contra-mão, já que parámos numa estação de serviço e saímos de lá pelo mesmo lado por onde entrámos, ou seja, em contra-mão. Tive até oportunidade de ver os agentes da autoridade indianos (polícia) a circularem de carro em contra-mão.
Preços dos combustíveis:
Tive hipótese de ver os preços dos combustíveis na Índia e posso assegurar que são um pouco mais baratos do que em Portugal e como tal, recomendo às pessoas que fazem quilómetros para atestarem os seus veículos em Espanha, que se dirijam para a Índia, que é um pouco mais longe, mas podem poupar uns cêntimos por litro. Os preços dos vários tipos de combustíveis variam entre os 60 cêntimos e 1 euro por litro (não me perguntem qual é o preço de que combustível, porque o pouco tempo que lá estive, não deu para aprender muito Híndi…).
Uma vez ter saído da auto-estrada, continuei a ver e a descobrir coisas interessantes relacionadas com o trânsito na Índia:
Empilhadores:
Em Portugal e como medida de segurança no trabalho, os empilhadores são obrigados a emitirem um som quando se movimentam em marcha-atrás que sinaliza que existe uma máquina em manobras. Na Índia isto também é obrigatório quer nos empilhadores, camiões, máquinas escavadoras, etc., mas enquanto em Portugal este som é o conhecido “Pi-Pi-Pi…“, na Índia, este som é personalizado com músicas de vários tipos (principalmente músicas indianas). O mesmo se passa com os apitos e buzinas. Vejam o vídeo seguinte onde é possível ouvir a música de marcha-atrás de um empilhador indiano:
Motas:
A grande maioria das motos que são comercializadas na Índia são da marca Hero Honda, que é uma marca local que surgiu da parceria do grupo indiano Hero Group e o grupo japonês Honda Motor Company (já que pelos vistos, as empresas internacionais apenas podem criar filiais na Índia se fizerem parcerias com empresas locais). Vendo as imagens seguintes, podemos concluir que as motos são Honda, mas são conduzidas por indianos (e indianas, mesmo vestidas com o tradicional Saree) destemidos por não usarem capacetes e por transportarem na mota toda a família e materiais potencialmente letais (daí a designação “Hero”):
Neste dia andei um “pouco” numa auto-estrada indiana, na “National Highway 76”, e vi um pouco de tudo na estrada:
Acidentes:
Durante as 2 semanas de estadia da Índia e tendo em conta o trânsito caótico que existe, apenas vi um acidente e foi nesta auto-estrada. Tendo em conta o que por lá circula nas auto-estradas e as maiores velocidades praticadas, é normal que seja o local mais propício a acidentes:
Vacas:
Vi vacas a circular nas bermas da auto-estrada e até vi umas quantas a atravessarem a auto-estrada. Como as vacas são sagradas na Índia, podem andar em todo o lado, no passeio, na estrada, na berma, na auto-estrada, nas estações de serviço e até na linha de comboios havia vacas (não consegui descobrir se eram vacas movidas a energia eléctrica, a diesel ou se ainda eram a vapor…). Durante a estadia tive oportunidade de ver vacas em todo lado, excepto no meu prato em forma de bife ou costeletão…
Pára-choques:
Em plena auto-estrada, vi um jipe com 4 indianos pendurados no pára-choques traseiro ou os seus traseiros iam lá para servirem de pára-choques ao jipe… não cheguei a perceber bem qual o objectivo de lá irem pendurados a 120Km/h. O que é certo é que qualquer veículo pode ter um número de lugares teórico, mas na prática, conseguem transportar muitos mais passageiros indianos de um lado para o outro. Vejam este pára-choques traseiro “peCUliar”:
Contra-mão:
Cá em Portugal apenas os idosos em carros papa-reformas ou em tractores circulam em contra-mão, na Índia qualquer um pode circular em contra-mão. Eu tive a oportunidade de experimentar esta sensação de andar em contra-mão, já que parámos numa estação de serviço e saímos de lá pelo mesmo lado por onde entrámos, ou seja, em contra-mão. Tive até oportunidade de ver os agentes da autoridade indianos (polícia) a circularem de carro em contra-mão.
Preços dos combustíveis:
Tive hipótese de ver os preços dos combustíveis na Índia e posso assegurar que são um pouco mais baratos do que em Portugal e como tal, recomendo às pessoas que fazem quilómetros para atestarem os seus veículos em Espanha, que se dirijam para a Índia, que é um pouco mais longe, mas podem poupar uns cêntimos por litro. Os preços dos vários tipos de combustíveis variam entre os 60 cêntimos e 1 euro por litro (não me perguntem qual é o preço de que combustível, porque o pouco tempo que lá estive, não deu para aprender muito Híndi…).
Uma vez ter saído da auto-estrada, continuei a ver e a descobrir coisas interessantes relacionadas com o trânsito na Índia:
Empilhadores:
Em Portugal e como medida de segurança no trabalho, os empilhadores são obrigados a emitirem um som quando se movimentam em marcha-atrás que sinaliza que existe uma máquina em manobras. Na Índia isto também é obrigatório quer nos empilhadores, camiões, máquinas escavadoras, etc., mas enquanto em Portugal este som é o conhecido “Pi-Pi-Pi…“, na Índia, este som é personalizado com músicas de vários tipos (principalmente músicas indianas). O mesmo se passa com os apitos e buzinas. Vejam o vídeo seguinte onde é possível ouvir a música de marcha-atrás de um empilhador indiano:
Motas:
A grande maioria das motos que são comercializadas na Índia são da marca Hero Honda, que é uma marca local que surgiu da parceria do grupo indiano Hero Group e o grupo japonês Honda Motor Company (já que pelos vistos, as empresas internacionais apenas podem criar filiais na Índia se fizerem parcerias com empresas locais). Vendo as imagens seguintes, podemos concluir que as motos são Honda, mas são conduzidas por indianos (e indianas, mesmo vestidas com o tradicional Saree) destemidos por não usarem capacetes e por transportarem na mota toda a família e materiais potencialmente letais (daí a designação “Hero”):
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Casamento Real Kate e William
Hoje, milhões de pessoas pararam devido ao espanto por terem percebido que havia pessoas que pararam para assistir ao casamento real inglês entre a Kate Middleton e o Príncipe William. O casamento decorreu durante a manhã, hora portuguesa e inglesa e a TVI fez questão de ocupar toda a programação da manhã a mostrar tudo o que aconteceu, em directo, com comentários e tudo, como se de um acontecimento importante se tratasse. Enquanto já era de prever que este “canal” fizesse isso, os meios de comunicação a sério podiam ter dado um pouco menos de ênfase a este casamento, mas não, havia até jornais online, como o Público, por exemplo que acompanharam isto ao minuto. Mesmo assim, houve pessoas que perderam o evento e como tal, deixo aqui o vídeo com o resumo do casamento real:
Segundo notícias sobre este assunto, o casamento real custou aos contribuintes ingleses cerca de 23 Milhões de euros, mas os custos provocados pela paragem de tanta gente foram estimados num número um pouco maior, mais de 6 Mil Milhões de euros que o casamento “custou” à economia Inglesa. Nada melhor para estimular a economia do que gastar fortunas com pessoas que em nada contribuem para a melhoria dessa mesma economia.
Voltando à cerimónia… fez-se muito burburinho em relação ao segredo mais bem guardado do casamento – o vestido de noiva da Kate. O vestido era da marca Alexander McQueen e foi desenhado por Sarah Burton. Enquanto a maioria das pessoas estava desesperada por ver a Kate vestida de noiva, o Príncipe William estava desesperado por ver a Kate sem o vestido de noiva, e só mais logo é que será capaz de se desfazer dele para dar início à noite de núpcias real, ou se preferirem, a “queca” real. Enquanto a noite não chega, o Príncipe ainda tentou dar uma vista de olhos para tentar ver a Kate Middleton nua utilizando a aplicação para iPhone NudeIT, mas como o padre que estava a celebrar a cerimónia também estava a tentar olhar para o telemóvel, o príncipe teve de guardar o aparelho para esconder o corpo da princesa. Vejam a foto exclusiva que consegui arranjar deste momento:
À saída da Abadia de Westiminster, era suposto que os noivos (já transformados em duques de Cambridge), fossem surpreendidos com o lançamento de centenas de quilos de arroz que iriam ser arremessados por um helicóptero, mas o piloto estava embriagado e lançou o arroz na Rua D. Pedro V, no centro da Damaia, Amadora em Portugal. Esta chuva de arroz que estava destinada ao casamento real enganou tudo e todos já que as pessoas pensavam que tinham sido surpreendidas por uma “chuvada” granizo. Vejam a vídeo da chuva de arroz:
Agora que o casamento chegou ao fim, o mundo aguarda com expectativa que os mesmos órgãos de comunicação sigam também a noite de núpcias, acompanhando em directo todas as incidências da noite de sexo. Os paparazzi e os fotógrafos já têm os tripés e as máquinas fotográficas preparadas junto à cama onde o coito real terá lugar. E tal como o segredo do vestido, também a marca e o estilista que desenhou a lingerie da Kate Middleton foram mantidos em total segredo e só mais logo vai ser descoberto (pelo menos pelo Príncipe).
Entretanto vamos esperar que esta febre real passe para que os canais portugueses comecem a abordar assuntos que realmente interessem.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Peso Pesado na SIC
A SIC está a promover já o seu próximo “programa de sucesso”, o Peso Pesado, que estreia no próximo dia 1 de Maio de 2011. Este programa “original” (apenas na SIC, porque na SIC Mulher já existia o programa “The Biggest Loser”) é um concurso tipo “Big Brother” ou “Casa dos Segredos” onde um conjunto de pessoas gordas tentam perder peso para ganharem dinheiro.
Para piorar ainda mais este “programa”, a SIC não olhou a meios e colocou a sua pior apresentadora – a Júlia Pinheiro. Desta forma, a SIC consegue ocupar quase a 100% a sua programação com a Júlia Pinheiro e dessa forma arrastarem para os outros canais o público que ainda vai tendo algum bom gosto. Mas isto não fica por aqui já que existirá também um canal exclusivo “Peso Pesado” no MEO dedicado a este “programa” para todos aqueles que não tenham nem vida própria nem bom gosto se divirtam.
Mas voltando ao “programa”… Enquanto os concorrentes interpretam os guiões que lhes foram atribuídos pela organização e fazem um pouco de exercício enquanto fazem cenas tristes e “dramáticas”, os portugueses também podem perder peso (e outras coisas) através de um dos seguintes métodos (apenas funcionará para as pessoas com bom gosto):
- Bulimia – Sempre que mudarem para a SIC ou para o canal “Peso Pesado”, o vosso corpo irá ser invadido por uma sensação de mal-estar e nojo que vos provocará náuseas, que por sua vez darão origem a vómitos e sempre que vomitarem o que tiverem ingerido, o vosso corpo não irá assimilar esses alimentos, logo irão emagrecer;
- Suores – Se tentarem ficar a ver o programa durante mais de 30 segundos, o vosso corpo irá ser submetido a uma pressão tal que irão começar a suar por todos os lados. Se seguirem um programa rigoroso de 15 minutos por dia a verem este “programa” irão perder peso rapidamente;
- Stress – Outra forma de perder peso será através de um dos sintomas secundários do stress – a diarreia. Se os vossos intestinos não funcionam muito bem em caso de stress (ou se preferirem, até funcionam bem de mais, ou seja, de forma “fluida”), poderão assistir ao programa até ficarem com os níveis de stress elevados e sintam os intestinos a falhar, irão perder bastante peso nas sucessivas idas ao WC. Recordo que devem assistir ao “programa” perto do WC e devem beber bastante água para não ficarem desidratados;
- Paciência – Para além de perderem peso, poderão ainda perder a paciência ao assistirem a este “programa”. Tenham cuidado e não partam a televisão quando isso acontecer, porque lá no fundo o aparelho não tem culpa no mau gosto existente nos canais nacionais;
- Tempo – Outra coisa que irão perder também enquanto assistem ao “Peso Pesado” é o tempo. Cada hora, minuto e segundo que utilizem a ver isto, é tempo perdido que nunca mais irão recuperar (a não ser que inventem a máquina do tempo… ). Em alguns casos, como o tempo é dinheiro, poderão também perder dinheiro a verem este “programa”.
Mesmo sendo uma pessoa com bom gosto, poderá não perder nada do que acabei de enumerar e pelo contrário, poderá até ganhar. Vejam alguns exemplos:
- Peso – As pessoas que comem em momentos de stress podem vir a sofrer de aumentos de peso se assistirem a este programa. O programa é tão mau que provoca stress a estas pessoas que depois não conseguem parar de ingerir gelados, batatas fritas e comida em geral para superarem o mal-estar;
- Insónias – As pessoas mais susceptíveis e impressionáveis poderão ganhar insónias, quer pela falta de sono, quer pelos pesadelos que o programa lhes irá provocar.
- The Biggest Fiasco
- The Big Mac
- The Fat Brother
- Casa dos Secretos de Porco
- Uma Refeição para Ti
- Sebo Pesado
- Peso Certo – Com Engordando Mendes
- Querida Gula
- Perdidos na Tribo - Sebosos
iPhone 4 Tracker GPS
A Apple lançou uma nova "funcionalidade" para o iPhone 4 (com sistema operativo iOS 4) que permite que o dispositivo armazene constantemente num ficheiro (“consolidated.db”) a localização do utilizador, guardando as coordenadas GPS (latitude e longitude) e a data/hora (timestamp). Esta seria uma boa notícia caso o iPhone 4 fosse um equipamento de tracking GPS/GPRS ou até se os utilizadores dos iPhones soubessem, mas o problema é que esta informação é armazenada sem autorização dos utilizadores e é descarregada para os computadores sempre que estes fazem um backup ou sincronizam informação.
Esta informação não é recente, mas só agora foi publicitada de forma alarmante e viral pelo Alasdair Allan e pelo Pete Warden que publicaram num site todos os passos para que as pessoas possam aceder e visualizar em mapa toda esta informação com a aplicação iPhoneTracker.
Enquanto uns se estão a borrifar para esta notícia (até porque lá no fundo sabem que o iPhone 4 está sempre sem sinal de rede e como tal, nem as funcionalidades AGPS dos iPhones funcionam correctamente (sempre que o sinal dos satélites esteja fraco), logo será muito raro registarem as coordenadas dos seus movimentos), outros estão “aterrorizados” porque será possível descobrir o que fizeram no Verão passado (literalmente), no Natal passado e no fim-de-semana passado, etc.
Enquanto não descobrimos qual a razão oficial para que os iPhones guardem toda esta informação confidencial, eu tenho algumas sugestões que podem tirar partido destes dados em prol dos utilizadores:
GPS Tracking:
Tal como já fui explicando, a informação que os iPhones guardam pode ser utilizada para visualizar informação geográfica dos locais visitados pelos utilizadores quer estes tenham andado a pé, de bicicleta, de carro, de avião, etc., armazenando essas viagens para mais tarde recordar ou até para analisar as distâncias percorridas, velocidades, etc. Como esta funcionalidade é muito utilizada para a gestão de frotas e nem sempre os funcionários das empresas vêm a instalação destes dispositivos nas suas viaturas com bons olhos, os empresários poderão oferecer aos seus utilizadores um iPhone 4, que para além de ser uma “oferta” melhor aceite, servirá o objectivo principal – espiar os seus funcionários para avaliar por andam as suas viaturas.
Detective Privado:
Se suspeitam que o vosso companheiro(a), marido, esposa, amante, ou amigo vos anda a trair e ele(a) possui um iPhone 4, poderão facilmente analisar por onde andou naquele dia em que desapareceu misteriosamente e vos deu uma desculpa esfarrapada a explicar onde tinha ido (sem recorrerem aos serviços de um qualquer detective privado). Poderão “facilmente” analisar a informação geográfica gerada pelos seus telefones e dessa forma obter as primeiras pistas que vos levem a descobrir que de facto vos andam a trair, ou simplesmente obter pistas que vos levem a descobrir que desconfiaram de uma pessoa fiel. Uma coisa é certa, independente do resultado que venham a ter com este esquema, o resultado será o mesmo – romper a relação. Para além de descobrirem se vos andam a trair, poderão até descobrir com quem vos andam a trair, supondo que o fazem com o vosso melhor amigo (ou amiga). Para isso, bastará que essa pessoa tenha também um iPhone 4 e tenham acesso à informação geográfica dessa pessoa. Se ao cruzarem a informação dos dois equipamentos encontrarem muitas vezes os iPhones 4 juntos em locais/momentos quando vocês não estiveram presentes, isto será um mau sinal para a vossa relação com o(a) companheiro(a) e com o amigo(a) (a juntar ao mau sinal da antena dos equipamentos referidos).
Sites de encontros:
Se a informação geográfica dos iPhones serve para romper relações, não desesperem, porque também pode servir para criar relações. As empresas que têm serviços online de marcações de encontros, poderão utilizar a informação GPS registada nos iPhones dos utilizadores para descobrirem padrões entre duas pessoas e dessa forma descobrirem se partilham dos mesmos gostos e se são compatíveis. Para isso, estes sites poderão disponibilizar uma funcionalidade que permita aos seus utilizadores enviarem o ficheiro “consolidated.db” para que este seja analisado e comparado com outros ficheiros que lá existam e dessa forma tentar juntar pessoas que costumem ir ao cinema no mesmo local, que costumem visitar o mesmo centro comercial, vivam próximos, visitem as mesmas lojas, etc.. O mais provável é que os utilizadores descubram que o perfil perfeito para eles tenha o mesmo sexo, mas afinal de contas já é do conhecimento público que a maioria dos utilizadores dos produtos Apple seja gay…
Descobrir pessoas desaparecidas:
Esta informação geográfica poderá ainda ser utilizada sempre que o utilizador de um iPhone 4 seja dado como desaparecido. As autoridades poderão analisar o computador dessa pessoa e tentar descobrir quais foram os passos dados antes do desaparecimento e dessa forma encontrar novas testemunhas e até encontrar locais visitados que tenham videovigilância para descobrir um potencial raptor.
Poderão encontrar mais informação sobre esta “funcionalidade” e sobre o iPhoneTracker neste site.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Muçulmana na Playboy
A modelo muçulmana de origem turca, Sila Sahin, posou nua para a edição de Maio de 2011 da revista Playboy alemã. Ao que pude apurar, a modelo queria posar toda nua, mas por baixo de uma burka (como dita a sua religião), mas como a sessão fotográfica foi feita na França (que tem uma nova lei que proíbe as mulheres de se taparem com este tipo de adereços), teve de tirar a burka e o resultado está à vista de todos.
Na foto seguinte, podemos ver que apesar da Sila Sahin estar nua na foto, a burka está lá, mas tiveram de a utilizar como tenda:
Vejam como teria ficado a capa da revista Playboy se a sessão fotográfica tivesse sido feita num país que permita a utilização da burka:
Este acontecimento está a gerar alguma polémica junto da comunidade muçulmana, principalmente junto da família da jovem e também junto da comunidade cristã já que estamos perto da Páscoa. A reacção da maioria dos homens a esta publicação tem sido de profunda tristeza, já que pegam na revista e vão a correr para se trancarem nas casas de banho ou nos seus quartos, para terem alguma intimidade enquanto vertem algumas “lágrimas” ao verem estas fotos da modelo nua.
Depois de ter visto as fotos da Sila Sahin, posso concluir que os homens muçulmanos obrigam as suas mulheres a andarem completamente tapadas porque são ciumentos e invejosos e não querem partilhar com os outros a beleza e sensualidade das suas mulheres.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Descobrir a Índia (26-03-2011)
Bem, cá estou de novo para descrever mais um dia incrível na “Incredible Índia” (como no slogan de promoção turística do país) e o tema principal deste terceiro dia é a “pobreza”.
Depois de ter estado num hotel de luxo chegou o momento de enfrentar a outra parte da Índia – a parte pobre. Saí do hotel num táxi que me iria levar ao próximo destino desta aventura (Agucha). Pelo caminho e mal saímos do centro da cidade de Udaipur em direcção à zona mais desértica, começaram logo a aparecer os sinais de pobreza, que até a aquele momento se tinham “afastado” do percurso. Comecei a ver barracas minúsculas onde tudo se vendia, mas os proprietários preferiram focalizar-se numa determinada área de negócio: encontrei barracas munidas apenas com um compressor onde apenas se enchiam pneus (como podem ver na foto deste post), encontrei barracas que tapavam pneus, outras que vendiam pneus, outras que só vendiam um determinado tipo de peça de carro ou camião, etc. Tudo servia para fazer negócio e para levar a vida.
Outro tipo de negócio que existia por todo lado era a venda de “comida” “take away” (era mesmo comida de atirar fora e se calhar deveria ser denominada de “throw away” ou se preferirem, “throw up”). O que para mim era uma coisa nojenta, para os indianos mais simples, como o caso do taxista que ia connosco, era uma refeição tradicional. Lá parámos numa destas barracas para que o taxista tomasse o pequeno-almoço. As especialidades principais desta barraca eram as chamuças pulvilhadas de cocó pelas moscas que lá poisavam de quando em vez e outra mixórdia de arroz e ervas cozinhada ali mesmo na berma, ao sol e ao pó e manuseada directamente pelo proprietário, literalmente. Vejam algumas fotos do “menu” para vos fazer crescer água na boca (ou vómito):
Pensando bem, cá em Portugal também existem barracas deste tipo na berma da estrada onde se costumam assar uns franguinhos e uns bifinhos de vaca que fariam vomitar qualquer indiano, por muito pobre que fosse (quanto mais não fosse pelo facto de não comerem vaca ou carne em geral). Em Ponte de Lima e a caminho de lá, pela estrada nacional que liga Braga a Ponte de Lima (Estrada Nacional 201) existe uma tasca deste tipo e confesso, que também não era capaz de parar lá para comprar comida.
Se a comida tinha "bom" aspecto, o que dizer da água e restantes bebidas. Aproveito este momento para avisar que um dos principais problemas das viagens à Índia (e não só) é possibilidade de bebermos água contaminada. É por isso obrigatório para manterem a vossa saúde, beberem apenas água engarrafa. Mas olhando para as garrafas que estavam disponíveis nesta tasca, o facto de estarem engarrafadas, não garantiam que a água que continham no seu interior fosse potável (já para não falar no facto de estarem ao sol, tal como as restantes bebidas). Estas garrafas eram de origem duvidosa e podiam até ter sido enchidas pelos próprios proprietários destas tascas num qualquer ponto de água ou esgoto ao ar livre. Para além de garrafas de água, esta tasca tinha também 7up, Pepsi, Coca-Cola, Aquarius, entre outras bebidas internacionalmente conhecidas, que também deveriam ser falsificadas ou misturadas com poluição, doenças, etc. Para beberem água na Índia, comprem-na em estabelecimentos de qualidade e não aceitem garrafas por abrir e para que a mensagem vos fique gravada no cérebro, deixo aqui uma foto das bebidas existentes neste estabelecimento:
Talvez por beberem líquidos duvidosos, os indianos estão sempre a urinar por tudo quanto é sítio. Durante a viagem, presenciei inúmeros casos, o nosso taxista, transeuntes e condutores e até presenciei uma operação STOP das forças das autoridades indianas e enquanto dois agentes viam a documentação de um condutor, um terceiro urinava calmamente ao pé deles. Vejam alguns exemplos deste fenómeno:
Para além de barracas, também encontrei algumas crianças a pedir esmola tal como foi possível ver no filme “Slumdog Millionaire” (“Quem quer ser milionário” ou ainda “Quem quer ser bilionário”). Esta não foi a única situação que presenciei que me fez lembrar o filme e mais para a frente irei divulgar mais uma ou duas… Vejam a foto de um rapazinho e uma rapariguinha a pedirem esmola junto à janela do táxi:
Mais para frente na viagem, passei por zonas ainda mais pobres onde as “casas” tinham apenas uma divisão minúscula que servia para tudo: para dormir, comer, estar, tomar banho, etc. As casas não tinham electricidade, nem água canalizada, nem saneamento, nem móveis, nem nada. Por entre as casas serpenteava um caminho de terra batida e esburacado pelos regos de esgoto a céu aberto que para lá escorriam das barracas e por onde o nosso táxi milagrosamente passou. Vi as pessoas a passarem o tempo a descansar à sombra devido ao enorme calor que por lá se fazia sentir e que não dava vontade de andarem a trabalhar. Estas pessoas sobrevivem com poucos recursos e com o pouco que conseguem extrair da terra e dos animais que lhes servem de sustento. Apesar de ser uma imagem perturbadora e triste, acredito sinceramente que aquelas pessoas são felizes assim simples e despreocupadas com o resto do Mundo industrializado e consumista que, por não o conhecerem, não lhes proporciona vontade de serem diferentes.
domingo, 17 de abril de 2011
Descobrir a Índia (25-03-2011)
Neste segundo dia na Índia e depois de uma boa noite de sono e de um pequeno-almoço cheio de coisas saudáveis (croissants, queques, torradas, etc.) no Hotel/Palácio LaLiT, chegou o momento de ir enfrentar o caos do trânsito na Índia. No primeiro dia já tinha tido um pequeno preview do que poderia ser o trânsito, mas só no segundo dia deu para o compreender melhor.
Em primeiro lugar gostaria de informar que as regras de trânsito “oficiais” (mais para a frente deste post vão perceber o porquê das aspas na palavra “oficiais”) indicam que se conduz pela esquerda e não pela direita como em Portugal e na maioria dos países do Mundo. Esta foi a primeira grande experiência, já que o meu cérebro estava formatado para ver os carros e motas a circularem pela faixa da direita e a contornarem as rotundas no sentido contrário dos ponteiros do relógio, mas na Índia era tudo ao contrário. Para além de ser tudo ao contrário, as referidas regras de trânsito, as placas de sinalização, os sinais de STOP, as marcações horizontais na via são meramente cosméticas e facultativas.
Na Índia existem apenas 3 regras fundamentais:
- First In First Out (FIFO) – Se alguém vai a na estrada e encontra um espaço por onde passar (seja pela berma, em contra-mão, pelo passeio, etc.), quem o fizer primeiro, tem prioridade. Esta regra faz com que, mesmo existindo apenas uma estrada com duas faixas, uma para cada lado, por vezes vemos 3 ou mais veículos lado a lado e na mesma direcção, ultrapassando-se mutuamente, utilizando as bermas da estrada dos dois lados e fazendo com que o trânsito que vem no sentido contrário pare para que estas ultrapassagens terminem sem acidente. Esta é uma regra que funciona bem na Índia (e em outros países) já que quem chega em segundo, espera calmamente pela sua oportunidade de passar. A regra é aplicada a carros, motas, pessoas a pé, bicicletas, triciclos, carroças de cavalos, cavalos sozinhos, vacas sagradas, búfalos, javalis, camiões, autocarros, etc. Em toda a viagem só vi um acidente e foi numa auto-estrada e tive a oportunidade de atravessar a estrada a pé duas vezes e senti bem de perto este caos. Houve um dia até que estava no passeio numa rua de lojas e quando olhei para trás estava um indiano na sua mota, no passeio atrás de mim, à espera que eu me desviasse para ele regressar à estrada (eu nem ouvi a mota com tanto barulho que existia na rua). Enquanto esperava, o motociclista não apitou, não esbracejou, não gritou, não me atropelou, nada, apenas esperou que eu me desviasse e quando o fiz retomou a viagem a sorrir. Outro exemplo perfeito do funcionamento destas regras é o facto de, nas faixas de aceleração para a entrada nas outras estradas, os indianos levam mesmo a sério o termo “aceleração” já que quando lá chegam limitam-se a acelerar e quem vier na estrada principal, apenas tem que travar e esperar que estes passem.
- Espelhos retrovisores – Outra regra de ouro do trânsito na Índia é que não se deve olhar para os espelhos. Esta segunda regra está directamente ligada à primeira e se o importante é olhar para a frente para encontrar uma nesga por onde passar, não se deve perder tempo a olhar para os espelhos. Aliás, a grande maioria dos condutores têm os seus espelhos recolhidos para dentro pelas seguintes razões: para evitarem a tentação de olharem para trás e se distraírem; para evitarem que os espelhos se partam nas tangentes que fazem a outros veículos; e sobretudo para que os veículos fiquem uns centímetros mais estreitos para caberem melhor no trânsito e nos espaços apertados que possam aparecer no dia-a-dia.
- Buzina – A buzina (ou apito, se preferirem) é a principal “ferramenta” no trânsito indiano. O apito é utilizado para tudo, excepto para tratar mal os outros condutores e para chamar a atenção para eventuais asneiras no trânsito como acontece em Portugal. O road rage na Índia não existe. Lá apitam para informarem que um veículo lá está e dessa forma avisar os outros condutores para não mudarem direcção, evitando acidentes (até porque se alguém pretender efectuar uma ultrapassagem, não irá olhar pelo espelho para verificar se não estará já a ser ultrapassado), é claro que também serve para pedir aos veículos mais lentos para mudarem de direcção e para se desviarem, deixando passar os veículos mais rápidos. O apito é tão importante que todos os camiões têm pintadas nas traseiras frases como “Horn Please” ou “Blow Horn”, como vão ter a oportunidade de ver numa das fotos seguintes, incentivando a utilização do apito.
sábado, 16 de abril de 2011
Descobrir a Índia (24-03-2011)
É sabido que os portugueses gostam de descobrir a Índia. Já o fizemos no passado quando o Vasco da Gama encontrou o caminho marítimo para a Índia, e desta feita chegou a minha vez de descobrir um novo caminho, o caminho parvo para a Índia. Até hoje os meus posts maus foram sendo colocados na sua grande maioria em Portugal, mas também em Espanha e Itália e agora, chegou a vez da Índia. Apesar de ter escrito parte deste post na Índia, a falta de tempo não me permitiu escrever os outros todos, tendo ficado apenas com as ideias na cabeça e só chegado a Portugal fui capaz de as colocar em Word no PC e de seguida aqui no AindaPiorBlog. Vou descrever esta aventura numa série com vários posts, um por cada dia da viagem onde irei tentar o meu melhor para descrever da pior forma possível o que encontrei na Índia.
Era dia 24 de Março de 2011 e comecei a escrever este post em Nova Deli (ou New Delhi, se preferirem). Mas se naquele momento conseguia dizer que dia era e que horas eram na Índia, o mesmo não acontecia no dia anterior e já vão perceber porquê. O voo saiu de Portugal no dia 23 (aeroporto Sá Carneiro no Porto) por volta das 6:05 da manhã, fez escala em Frankfurt, na Alemanha, e chegou a Nova Deli por volta da 1:15 da manhã. O voo desde o Porto a Frankfurt demorou 2:40 e chegou ao destino pelas 9:45, e de Frankfurt a Nova Deli demorou 7:25, tendo saído às 13:20 e chegado à 1:15 do dia 24. Pelas minhas contas, isto daria um total de 13:40 (2:40 + 3:35 + 7:25) de tempo de viagem, ou seja, teria saído às 6:05 e chegado ao destino às 19:45 do dia 23 e não às 1:15 do dia 24… Será que fui a primeira pessoa a viajar no tempo? A resposta é não, já que pelos vistos existe uma diferença horária entre os vários países: na Alemanha o relógio tem que ser adiantado 1h em relação a Portugal e na Índia, 5:30 (pelo menos até à próxima mudança de hora para o horário de Verão em Portugal) que estragaram todas estas contas de somar e sumir. Vejam a imagem seguinte com os detalhes dos voos de ida:
Consulta do Viajante:
Deixem-me recuar no tempo mais um pouco para descrever um pouco a preparação para a Viagem, nomeadamente no que aos cuidados de saúde diz respeito. Como todas as pessoas que viajam para a Índia (tal como acontece quando se viaja para outros países no Mundo) é necessário ir à Consulta do Viajante. Nesta consulta o médico tenta perceber para onde vamos, quanto tempo lá vamos estar, que doenças temos e que doenças iremos encontrar, que vacinas tomámos no passado e que medicamentos tomamos actualmente, mistura tudo bem e cria uma receita (ou poção) que nos irá preparar para a viagem. Basicamente tive de ser vacinado 3 vezes, tendo ficado logo com os braços todos doridos e tive de tomar uns comprimidos semanais para a Malária (cujos efeitos secundários são tantos e tão diversificados que diria até que são piores do que a doença que tentam prevenir). Na Índia, temos que ter cuidado especial com o Dengue e com a Malária que são transmitidas pelos mosquitos (e também pelas sanguessugas e vampiros) e na minha opinião era mais fácil erradicar os mosquitos do que obrigar toda a gente que viaja para estes países a passar pelo transtorno das vacinas, comprimidos e todos os efeitos secundários e danos colaterais que daí surgem. Tive também que levar comprimidos para a diarreia e antibióticos para a eventualidade de comer parasitas juntamente com as refeições. Em relação à diarreia, espero voltar ao tema mais tarde nesta série de posts sobre a viagem…
Para além das vacinas e medicamentos, temos que levar na mala mais um repelente que tem três funções importantes: repelir os mosquitos, servir de perfume (uma vez que é recomendado não utilizar perfumes) e por último, encher ainda mais a mala. Vejam as fotos seguintes que demonstram que o repelente funciona muito bem para repelir os mosquitos, mas apenas os vivos, já que os mosquitos mortos e fossilizados não parecem reagir aos seus efeitos. Nas fotos seguintes não vemos qualquer mosquito vivo, mas vemos um mosquito morto e fossilizado no verniz da mesa que costumo usar para utilizar o portátil, a pequena mancha do lado direito do repelente (na minha opinião, os mosquitos mortos também são perigosos já que pode acontecer que passe um mosquito a voar por cima de vocês, morra de velhice ou de enfarte e caia com o ferrão e vos espete, transmitindo uma qualquer doença, e como tal, os repelentes também deveriam repelir mosquitos mortos):
Bagagem:
E por falar em malas… A bagagem é sempre uma coisa complicada de preparar já que temos que equilibrar a capacidade da mesma com o peso máximo de bagagem de porão permitido por pessoa (20kg), o número de dias de permanência no país de destino para não andarmos a cheirar (muito) mal e a possibilidade de pretendermos adquirir algumas lembranças para trazermos para Portugal. A experiência dita que a bagagem para o porão deverá ser composta por apenas uma mala, com o máximo de 18kg de peso, para deixarmos 2 kg de folga para conseguirmos comprar lembranças de 1,5kg de peso máximo, deixando 0,5kg de folga para o peso da sujidade, humidade, suor e outros detritos expelidos pelo nosso corpo directamente para a roupa que vamos usando e ainda para os eventuais erros que as balanças dos aeroportos possam ter.
Frankfurt:
Tal como tive a oportunidade de informar, a viagem teve uma escala em Frankfurt, na Alemanha e enquanto esperava sentado pelo voo para Nova Deli fui olhando para a TV onde estavam a passar algumas notícias internacionais. Em 5 minutos que vi de notícias, o mundo parecia estar a acabar de tantas catástrofes que existiam. Nestes 5 minutos noticiaram 3 calamidades internacionais, a primeira notícia foi o Sismo/Tsunami no Japão e os consequentes problemas na central nuclear de Fukushima; a segunda notícia foi sobre a guerra na Líbia e a terceira notícia foi sobre o José Sócrates e a crise política em Portugal. Em relação às primeiras duas catástrofes, penso que não tive qualquer envolvimento no seu aparecimento, em relação à terceira já não posso dizer o mesmo já que me sinto culpado pelo que aconteceu ao país durante a minha ausência de duas semanas. Bastou ter deixado de escrever no AindaPiorBlog que as pessoas, por falta de coisas más para lerem, revoltaram-se e decidiram acabar com o governo e com a “independência” financeira do país. Seja como for, agora que já estou de novo em Portugal, vou voltar a escrever coisas más para ver se o país melhora um pouco.
Hotel:
A primeira noite foi dormida no Hotel Airport Residency (onde viria a ficar mais umas quantas vezes ao longo da viagem). Na entrada do hotel existia alguma segurança para os hóspedes, já que existia um detector de metais que apitava quando alguém entrava no hotel com armas de destruição maciça, corta-unhas, cintos ou aparelhos nos dentes e existia um detector de mosquitos, que em lugar de apitar quando passavam os mosquitos armados com os seus ferrões, dava um estalido que indicava que o mosquito tinha sido electrocutado (era uma espécie de cadeira eléctrica que electrocutava os criminosos mesmo antes de estes terem cometido qualquer crime… um pouco à lá Minority Report e o pré-crime). Apesar de a Índia ser um país que venera muitos seres vivos e a maioria das pessoas não comer carne devido às inúmeras religiões e culturas existentes, os mosquitos não estavam entre as espécies protegidas e adoradas (e ainda bem para mim). Caso algum mosquito conseguisse entrar no hotel, cada quarto estava ainda munido de um insecticida de tomada para erradicar possíveis ameaças (mais para a frente vou abordar um insecticida biológico e amigo do ambiente que encontrei num dos muitos quartos que testei ao longo da viagem). Vejam os sistemas de segurança anti-mosquitos existentes neste hotel:
Almoço:
Depois da primeira noite de sono, e de voltar a fazer a mala (que na realidade não chegou sequer a ser desfeita durante toda a viagem, já que andei sempre de um lado para o outro), de tomar o pequeno-almoço (que nada tinha de especialmente interessante para divulgar), dirigi-me a outro hotel para almoçar. O almoço foi no Hotel Radisson. À chegada ao portão principal do hotel, existam uns quantos seguranças para verificar se o carro onde seguia estava ou não estava armadilhado. Todos os motores dos carros eram revistados, quer debaixo do capot, quer com um espelho por debaixo do carro. Para além disso, todas as malas de portátil, bolsas das senhoras, etc. passavam por uma máquina de Raio-X tipo as dos aeroportos para verem se no interior existiam ou não explosivos ou armas ou simplesmente por coscuvilhice dos seguranças. Vejam a foto seguinte onde vemos 3 seguranças a revistar um carro na entrada:
Já na zona do restaurante fui confrontado com uma escolha complicada: comida indiana ou comida europeia. É claro que optei por comida europeia. Comecei com uma sopinha de ingredientes acompanhada com um pão com sementes (uns dizem que de papoilas, mas não me lembro de ter ficado drogado…). Aviso já que não devem perguntar os nomes dos pratos que fui comendo ao longo da viagem nem dos ingredientes que os compunham porque sinceramente não sei. E para o bem e para o mal, é melhor continuar na ignorância. Seja como for, e para o caso de alguma coisa me poder fazer mal, fui tirando algumas fotos para ser mais fácil identificar a origem das eventuais maleitas que pudessem ser originadas pelas refeições. Depois da sopa, tive de escolher o prato principal e mais uma vez foi complicado. Dei uma volta pelo restaurante para ver o que existia (que era uma mistura de buffet self-service com restaurante normal). Passei por uma zona onde tinham frango grelhado e noutra zona tinham pastas italianas. Como queria frango com massa, pedi para juntarem o frango com a pasta (que era o mais parecido com as comidas de cá) e comecei logo a armar confusão já que a rapariga que estava a apontar o pedido não conseguiu compreender como é que se podia comer pasta (massa) com carne… Após alguma luta e espera, lá consegui comer a carninha com a massa (que estava muito boa). Terminado o prato principal (ou se quiserem, os dois pratos principais juntos), fui em busca da melhor parte de qualquer refeição – a sobremesa. A sobremesa foi composta por melancia, kiwi vermelho (que vi e provei pela primeira vez), laranja, kiwi verde (ou kiwi tal como o conhecemos), ananás e tiramisú. Escusado será dizer que estava tudo muito bom, mas da próxima vez, começo directamente pelas sobremesas, poupando precioso tempo e evitando transtornos para os funcionários. Deixo aqui algumas fotos do restaurante, da sopa e da sobremesa:
Udaipur:
No final do almoço no Radisson, dirigi-me novamente para o aeroporto de Nova Deli, onde fui apanhar um novo voo para a cidade de Udaipur (que fica no estado de Rajasthan). Segundo se consta, esta é a cidade mais rica da Índia (ou pelo menos, uma das mais ricas), já que está cheia de palácios que foram transformados em hotéis de luxo e os terrenos são “férteis” em vários tipos de minério. Por falar em hotéis de luxo, a estadia em Udaipur foi no “The LaLiT Laxmi Vilas Palace”, perto do lago Fateh Sagar (que apesar de ser artificial, não deixa de ficar bem nas fotografias, como vão ter a oportunidade de comprovar pela foto seguinte). À chegada ao hotel, exista uma banda a tocar e um cavalo a dançar e uma rapariga indiana que me colocou uma nódoa vermelha na testa. Não cheguei a perceber se ela pintou o dedo com tinta vermelha antes de me pintar a testa ou se esmagou com o dedo um mosquito que me estava a picar tendo ficado com uma mancha de sangue na testa. Seja como for, esta mancha na testa denomina-se de Tilak e simboliza para o Hinduísmo o terceiro olho, ou olho espiritual, o quarto olho vocês já o conhecem e não vale a pena explicar onde fica e para que serve. Vejam as fotos da recepção:
Apesar de em toda a viagem não ter visto qualquer elefante (existem poucos em liberdade e apenas nas florestas profundas e não ameaçadas pelo Homem), o hotel estava enfeitado com quadros de elefantes, estátuas de elefantes, deuses elefantes, pinturas de elefantes, tinha elefantes nas paredes e até nos tectos, talvez porque a Ganesha – A Deusa do Sucesso do Hinduísmo é uma deusa em forma de elefante. Existiam também algumas espadas, escudos e quadros de indianos e indianas nas paredes para não existirem apenas elefantes (apesar de existirem também elefantes gravados nos escudos e algumas das mulheres indianas terem algumas semelhanças com elefantes). Vejam algumas fotos da decoração:
Light & Sound Show:
Antes do jantar fui a um espectáculo local chamado “Light & Sound Show” no Maharana Pratap Memorial que conta através de luz e som um pouco da história da realeza e da cidade de Udaipur. O show era ao ar livre e como tinham locução apenas em Hindu e se tinham esquecido de colocar as legendas, não consegui perceber nada pelo que tive de ouvir no final o resumo da história em inglês que um Indiano amavelmente contou. Se pretenderem mais informação sobre esta história podem encontrá-la aqui. Entretanto podem ver a foto da estátua de bronze do Maharana Pratap no seu fiel cavalo Chetak:
Jantar:
O dia já ia bastante longo (três hotéis e duas viagens de avião) e tinha chegado a hora do jantar. O jantar aconteceu no hotel, no restaurante “Padmini" e tal como a restante decoração e luxo do palácio, o restaurante só me fazia lembrar o filme do Indiana Jones e o Templo Perdido onde o Indiana Jones também visitou o palácio Pankot na Índia. No restaurante existiam lá umas taças que me recordavam aquela sopinha de olhos de macaco servida ao jantar no filme. Vejam as semelhanças entre o que vi e o filme do Indiana Jones:
Apesar de inúmeras tentativas durante a estadia, não consegui encontrar nenhuma corrente de ar que me levasse a apalpar os seios de uma estátua, que por sua vez me levasse a umas catacumbas secretas onde rituais satânicos e sacrifícios tinham lugar. O lugar mais próximo com uma zona de sacrifícios seria talvez a cozinha, onde eram sacrificadas as especiarias e algumas plantas para criarem as refeições indianas que vão poder ver nas fotos seguintes. No filme também mostram a escravatura de crianças em minas e nesta viagem, apesar de não ter presenciado este tipo de prática, pelos vários documentários que já vi sobre a Índia, este tipo de escravatura existe. Voltando ao assunto do restaurante, aproveito para informar que a primeira das fotos, mostra o prato depois de eu ter terminado de comer, ou seja, nem tive coragem de degustar todas aquelas “iguarias” já que se o tivesse feito, os sacrifícios passariam a ter lugar no WC e o sacrificado era o meu traseiro. A comida tinha tão bom aspecto que quando tirei a primeira das fotos seguintes, a máquina detectou automaticamente uma cara nesta “comida”. Tal acontecimento só poderia significar uma de duas coisas: ou a máquina não prestava ou então existiam numa daquelas mixórdias restos da cara de um qualquer ser vivo que foi sacrificado na cozinha. Para compensar a fome deixada pelo prato principal tive de comer bastante Chapati (um pão tradicional indiano que parece um crepe) e sobremesas (duas fatias de bolo de chocolate e gelado). Convém referir que o gelado que comi não era feito de cérebro de macacos ou pelo menos assim espero… Vejam as fotos:
Durante o jantar existia lá um homenzinho que tocava um instrumento típico indiano, o Santoor, que é uma espécie de xilofone mas com cordas ou se preferirem, uma espécie de harpa que é utilizada na horizontal e que dava ao jantar um “toque” e um ambiente ainda mais indianos. Vejam o Santoor:
Diarreia:
Um dos principais problemas que atormentam os viajantes que visitam a Índia é a diarreia já que esta enfermidade pode ser causada por inúmeras causas: o stress causado pela ansiedade de viajar, pelo medo de andar de avião, pelo medo de estar no meio de biliões de pessoas, pela ansiedade das reuniões de negócio (para as pessoas que viajam em negócios), pelas comidas que se vão ingerir, pelas reacções e efeitos secundários causados pelos medicamentos que se tomam, pelas doenças que se podem contrair, etc. A pensar neste fenómeno, os indianos têm umas sanitas especiais que têm um interior mais estreito e ergonómico para fezes mais líquidas e junto às sanitas existem uns mini-chuveiros que podem ser utilizados para complementar a limpeza do traseiro aumentando a higiene corporal. Seja pela diarreia, pelo caril ingerido ou pelo bronze causado pelo sol mais quente, uma pessoa fica mais amarela quando regressa de uma viagem à Índia. Vejam a foto seguinte onde podemos ver a sanita do hotel:
Cama:
Chegado ao final do dia e pronto para dormir só me vinham à cabeça as histórias das camas de pregos dos indianos que tinha ouvido e visto em filmes e desenhos animados, mas como o cansaço de um dia tão longo e repleto de coisas novas era tanto, que mesmo que a cama do quarto fosse de pregos não me iria incomodar nem um pouco. Aliás, se a cama do hotel fosse de pregos teria duas vantagens imediatas: a primeira era que podia imaginar ou até sonhar que a cama era de pregos de bife já que como as vacas são sagradas na Índia, restava-me apenas imaginar ou sonhar com tais refeições; a segunda vantagem era que uns preguinhos a entrar pelo meu corpo serviriam de acupuntura e poderiam ajudar a relaxar e a descansar ou simplesmente a desobstruir os poros da pele. Quando cheguei ao quarto percebi que a cama era uma cama bastante cómoda e similar à minha cama e como tal dormi maravilhosamente. Vejam a foto:
Aproveito este momento para informar que os hotéis de luxo, segurança e refeições muito bonitinhas que acabaram de ver não reflectem a realidade de todo este país, mas apenas uma parte dela. Reflecte apenas a parte da riqueza e dos excessos que contrasta com a parte pobre e com falta de recursos da maioria da população que terei a oportunidade de comentar mais para a frente num dos próximos posts. Fiquem atentos aos próximos dias e voltem cá se quiserem ver mais textos maus (mas não tão longos) sobre esta aventura.
Subscrever:
Mensagens (Atom)