domingo, 19 de setembro de 2010

Urinol ecológico

Lembram-se do urinol de rua que divulguei há algum tempo atrás? Pois bem, hoje vou revelar um urinol ecológico – O “Eco Urinal” desenhado por Yeongwoo Kim. Este urinol tem incorporado um lavatório e permite reutilizar a água utilizada para lavar as mãos para lavar a urina, empurrando-a para os esgotos. Vejam as fotos:





O urinol “obriga” as pessoas a lavarem as mãos caso pretendam descarregar a água, aumentando um pouco a higiene dos homens. Segundo a pessoa que o inventou, este urinol permitirá reduzir o gasto de água porque supostamente os homens urinam, descarregam a água no urinol e depois vão lavar as mãos ao lavatório. Este urinol permitiria descarregar apenas água num único local, poupando assim o consumo de água. O que ficou esquecido foi que ainda existem muitos homens que não lavam as mãos e outros tantos nem descarregam a água no urinol, pelo que este novo conceito poderá não resolver a 100% o problema da falta de higiene. Aliás, eu penso até, que o consumo de água irá aumentar, uma vez que mais pessoas irão descarregar água e lavar as mãos. Como tal, estive a meditar sobre este flagelo e inventei uma nova tecnologia complementar que poderá resolver este problema para sempre.

Scanner de Mãos:
Inventei um dispositivo que se liga às portas do WC e tranca os homens nos WC enquanto estes não lavarem as mãos convenientemente. O dispositivo tem um scanner incorporado que lê as palmas as mãos dos homens e caso elas tenham sido lavadas, o dispositivo destranca as portas, caso contrário, o homem ficará trancado. É uma espécie de cigana electrónica que lê o futuro dos utilizadores com base nas palmas das mãos, neste caso, o futuro daqueles que tiverem as mãos sujas será o de ficarem trancados num WC. Inventei também uns quantos nomes comerciais para o produto em questão mas ainda não decidi qual será o escolhido:
  • Scanner Biomerda
  • Scanner Biomijo
  • Hand Job
  • Hidro-ureia (este já é utilizado noutro produto, mas servia como uma luva)


sábado, 18 de setembro de 2010

Vencedor e Perdedores

Não Cliques Aqui

Tal como tinha prometido nas regras do pior passatempo do mundo, o passatempo "Não Cliques Aqui" (o pior do mundo apenas e só enquanto não lançar outro), chegou o dia de divulgar os resultados. Antes de avançar para essa divulgação, informo que o número de participações superou em 52 o número de blogs que eu tinha previsto que iriam participar, ou seja, zero. Aliás, 52 foi o número de blogs válidos, porque inscreveram-se mais uns quantos, mas não cumpriam as regras.

Aqui vai então o vencedor do passatempo… o blog vencedor foi o http://recantosdalu.blogspot.com da Lulu, que apesar de ter ficado empatado com outros, venceu por ter sido o primeiro a ser inscrito de entre os que empataram. Parabéns Lulu… logo que tenhas disponibilidade, entra em contacto comigo informando os teus dados completos (nome e morada) para enviar o cartão de compras FNAC de €75 pelo correio. Espero que o gastes bem...



Mas como este passatempo não teve só um vencedor, é também importante revelar os perdedores… que foram todos os outros. Mas vou aproveitar para divulgar o pior de todos, ou seja, aquele que mais visitas enviou para cá, que foi o http://nadalogico.blogspot.com da Maria Batata (ou Élvio "Batata" Emanuel, não cheguei a perceber bem…). Batata, sinto muito, mas o teu blog deve ser visitado por muita gente e a grande maioria não respeitou o teu pedido de não clicarem na imagem e como tal não conseguiste vencer isto…

Lady Gaga quer alho



Lady Gaga apareceu na cerimónia de entrega de prémios MTV Video Music Awards 2010 no passado dia 12 de Setembro com um vestido confeccionado com carne de vaca, com gancho de cabelo, com cascos de tacão alto e carteira a condizer. Vejam mais algumas fotos:





O estilista que “cozinhou” este vestido foi o Franc Fernandez. Não deu para perceber qual seria a mensagem que a cantora pretendia passar, mas surgiram imediatamente algumas hipóteses ainda não confirmadas:
  • Tinha a roupa fixe toda para lavar e em lugar de ir ao roupeiro buscar um vestido, teve de ir ao frigorífico?
  • Pretendia passar por vaca mud ar o nome artístico para Lady Cow?
  • Andava a procura de um Boy com “i” e vestiu-se assim para atrair um possível parceiro?
  • Pretendia provocar os vegetarianos e os defensores dos animais?

Fosse qual fosse o verdadeiro motivo para a utilização deste vestido de bifes, uma coisa é certa, aquela carne toda merecia ter sido bem temperada e comida. Foi a pensar nessa ideia que idealizei o “Fato De Vinha D’alhos”, um fato para homem que poderá ser usado por todos aqueles sortudos que consigam levar a Lady Gaga para sair, seja para jantar ou para comer ou para as duas coisas. Os ingredientes utilizados neste fato foram os seguintes:

  • Sal
  • Alho
  • Vinho Branco
  • Folhas de Louro
  • Pimenta Branca
  • Malagueta de Piri-piri

O resultado foi o seguinte:



Para a criação do fato (calças e casaco) foram utilizadas folhas de louro. Aproveitando as folhas de louro e de forma a combinar com o gancho de cabelo do vestido da Lady Gaga foi criada uma coroa de folhas de louro (permitindo aos morenos passarem por louros). A camisa foi feita com grãos de pimenta branca e como gravata foi utilizada uma garrafa de vinho branco. Foi criado um relógio de pulso feito com uma cabeça de alho (alusivo ao termo “cebola” muito utilizado na associação aos relógios de pulso). Foi utilizada uma malagueta de piri-piri num local estratégico para simbolizar a masculinidade do fato e os momentos picantes e quentes que um homem pode proporcionar a uma mulher, mesmo que esta se vista como uma vaca. Por último e para completar o fato foram utilizados uns saleiros de sal fino para a criação dos sapatos.

A grande vantagem deste fato é o perfeito conjunto que faz com o vestido da Lady Gaga, uma vez que é possível ao felizardo que o use esfregar-se na Lady Gaga, dando como resultado uns bons bifes temperados que estarão prontos para grelhar e comer logo que terminem de se esfregarem.

Podemos dizer que estamos perante roupa comestível a sério.

(Nota importante: Não insistam, não estou disponível para participar nos programas de moda como o "Projecto Moda" da RTP ou o "À Procura do Sonho" da SIC).

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Invenção do Hip-Hop

Uma vez que o tema da dança tem estado na moda, decidi contribuir com um pedaço de informação que até agora era desconhecida dos especialistas nesta área. Vou revelar aqui a verdadeira origem do estilo de dança Hip-Hop (também conhecido por Breakdance), quem foram os seus inventores e ainda vou explicar a origem destas designações.

Tudo começou com um gajo negro que se preparava para dar uma corrida num tapete de manutenção/fitness enquanto ouvia música, cheio de estilo, com uns chinelos por cima das meias, mesmo com ar de mauzão. Quando começou a correr em cima do tapete, deu-se um momento maravilhoso para o mundo da música: tinha nascido o Hip-Hop/Breakdance. Vejam com o vídeo que registou para a posteridade este momento tão importante para todos nós:



O nome Hip-Hop teve a sua origem na palavra Hipopótamo, alusiva à compleição física dos indivíduos que o inventaram. O Breakdance tem origem nas palavras Break (partir em português) e dance (dança em português) e significa: “Uma dança que parte tudo”.

Depois de ter inventado o Hip-Hop, este indivíduo ficou com algumas mazelas nos ossos que nunca mais sararam e desde esse dia que começou a mancar, tendo inventado também aquele “andar” a mancar característico e cheio de estilo dos negros.

Defender os ciganos



Depois de o governo francês, liderado pelo Nicolas Sarkozy, ter iniciado a expulsão dos ciganos da França, instalou-se a polémica, quer na França, quer no Mundo inteiro. A polémica chegou também à Cimeira de Bruxelas onde Nicolas Sarkozy e Durão Barroso discutiram violentamente sobre estas expulsões. A discussão foi tão acesa que melindrou ainda mais a popularidade de Sarkozy e já se fala em arranjar um sucessor um pouco mais tolerante às minorias étnicas.

A comunidade portuguesa em França, já habituada a ser expulsa da França todos os anos durante o mês de Agosto, está preocupada com esta perseguição aos estrangeiros e com a possibilidade de ser também expulsa do território francês nos restantes 11 meses do ano, inundando Portugal com carros os carros tunning e sapatilhas de marca alugadas.

Para além dos ciganos, a França está neste momento a atacar também as mulheres que utilizam véus para taparem a cara, seja por motivos religiosos, estéticos ou para taparem o buço por aparar ou ainda alguma verruga peluda, uma vez que acabaram de promulgar uma lei que proíbe as mulheres de usarem véus em locais públicos. As mulheres não podem usar na cabeça véus, burcas, niqabs, lenços, naprons ou farrapos. Para além de oprimir a liberdade das mulheres que pretendem ser subjugadas, esta lei tem ainda um carácter machista uma vez que a lei não afecta o sexo masculino, já que os homens podem usar véus em locais públicos se assim o entenderem. Muita gente não sabe, mas a primeira versão do documento que descrevia esta lei, continha um erro ortográfico que alterava por completo esta regra polémica, que no caso de ter sido aprovada com esse erro, teria sido muito mais bem aceite na comunidade internacional. Na primeira versão do documento, em lugar de existir a frase “As mulheres são proibidas de usar véus em locais públicos.”, existia a frase “As mulheres são proibidas de usar véus em locais púbicos”. Se a lei fosse assim, as mulheres na França seriam proibidas de cobrir as suas partes íntimas.

Para me adiantar à inevitável escolha de um sucessor de Sarkozy estive a analisar vários candidatos que seriam capazes de desempenhar um pouco melhor o papel de defensor dos ciganos, dos portugueses e das mulheres com véu... O resultado foi que seleccionei o Luiz Felipe Scolari pelas mais ou menos recentes acções na luta contra os opressores dos ciganos portugueses (do Ricardo Quaresma, neste caso), defendendo-os com unhas, dentes, socos, puxões de orelhas e até gestos agressivos mas que ao mesmo tempo denunciam uns tiques homossexuais. Vejam os vídeos que me fizeram eleger o Scolari como o sucessor certo para o governo francês:





Para além destas acções de luta para defender os meninos ciganos, o Scolari esteve recentemente a orientar uma equipa do Uzbequistão, pais com uma forte tradição na utilização do véu por parte das mulheres e alguns homens, tradição essa que cativou o interesse do Scolari por estas roupas e consequentemente faz com que o Scolari seja o candidato ideal para o governo francês.

Enquanto a sucessão não acontece, aos oprimidos que pretendam rasgar o “estôgamo” ao Sarkozy sem aleijar nem cometerem crimes reais, resta-lhes espetarem coisas contundentes no estômago de bonecos voodoo parecidos com o Sarkozy criados especialmente para o efeito. Vejam o boneco na imagem seguinte:



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Acórdão Casa Pia



Estive estes anos todos a observar este “processo” sem me manifestar mas considero que chegou o momento de escrever uma ou duas coisas sobre ele.

O processo Casa Pia arrasta-se há mais de 7 anos e pelos vistos ainda não terminou, ou porque não disponibilizam o Acórdão ou porque existem problemas informáticos, ou porque ainda existem recursos dos arguidos, ou porque os alunos já esqueceram o crime porque faleceram da velhice, ou por outra coisa qualquer. O que é certo é que a justiça portuguesa é muito lenta e ninguém sabe explicar o porquê. Aliás, ninguém sabia explicar até hoje, mas eu descobri as verdadeiras razões desta lentidão que decidi partilhar com os dois ou três leitores que acedem ao Ainda Pior Blog (porque provavelmente não terão nada mais importante para fazer). Vou então enumerar essas razões:
  • Comunicação Social - A primeira razão dos processos serem lentos reside no facto de existir comunicação social. Em cada mega-processo existem centenas e até milhares de intervenientes, como o caso dos advogados, juízes, arguidos, vítimas e testemunhas. Até aqui nada de novo, mas já imaginaram quantas e quantas horas perdem estas pessoas com os jornalistas, seja a responder a perguntas em entrevistas ou simplesmente a desviarem-se deles para não serem incomodados? Os jornalistas são tão persistentes que depois acabam por dominar melhor os casos do que os próprios intervenientes directos e depois, claro está, surgem mais atrasos, porque são os intervenientes que ficam à espera de recolherem mais informações nos órgãos de comunicação e passam o tempo a verem telejornais, a lerem jornais e revistas à procura das dicas certas para avançarem e conseguirem os seus objectivos no processo. Para que a justiça portuguesa seja um pouco mais célere, basta que os jornalistas não se envolvam até o processo terminar (mesmo) e só no final divulguem o que aconteceu, quem foram as vítimas, quem foram os culpados e quais foram as sentenças.
  • Vestuário – Considero que o guarda-roupa dos juízes é outra das causas dos atrasos na justiça. Para que é que servem afinal aquelas vestimentas que os juízes são obrigados a usar senão para causarem mais entropia nos processos? Se não sabem ao que me refiro, vejam a foto da juíza Ana Peres em cima. Quantas e quantas horas perdem os juízes a vestir e a despir estas fatiotas que para nada servem? Até ao dia de hoje pensava que estas indumentárias teriam o nome de fato-macaco de juiz, mas afinal denominam-se “toga”, que pelos vistos vem do latim e significa cobrir. Apesar de o termo ser bastante apropriado tendo em conta o tema do processo, o nome destas roupas não justifica as demoras que causam a sua utilização. Os juízes só não introduziram ainda mais entropia porque decidiram não usar as perucas brancas com cabelo encaracolado que usam em alguns países, como na Inglaterra, por exemplo e tudo porque os processos são todos tão demorados que os cabelos brancos nos intervenientes acabam por aparecer naturalmente devido à velhice.
  • Informática – Existem também horas e horas de atraso causadas por problemas informáticos uma vez que sempre que existe um atraso, aparece logo alguém a dizer que foi um erro informático. Ouvindo isto assim a seco e sem perceber nada do assunto, poderia ser tentado a pensar que quem deveria ser sentado no banco dos réus eram todos os engenheiros informáticos que desenvolvem software e todos os administradores de sistemas que gerem as máquinas e as infra-estruturas de rede dos tribunais. O que acontece de facto e merece ser desmistificado é que os atrasos na realidade são causados por existir o mito que os problemas estão sempre relacionados com a informática. Passo a explicar… Como os informáticos são sempre considerados os bodes expiatórios para tudo, recai sobre eles uma pressão insuportável que os obriga a confirmar centenas de vezes que fizeram as suas tarefas bem, perdendo um pouco a confiança no seu trabalho. Ora, este cuidado excessivo e por vezes até doentio provoca que uma tarefa que deveria demorar um minuto possa demorar dias, devido ao número de vezes que é confirmada e como o cansaço aumenta, aumenta também a probabilidade de erro e então, mas muito raramente, lá aparece no meio deste mito todo um ou outro bug ou erro informático genuíno, o resto é pura especulação.
  • Analfabetismo – Outra das razões que encontro para a demora na justiça é o facto de ser necessário existir a leitura do Acórdão. Não sei bem qual foi a razão desta tarefa ter sido incorporada na lei, nem quando foi introduzida, mas presumo que tenha sido introduzida porque antes as pessoas eram todas analfabetas e então era necessário alguém explicar o que tinha sido decidido nas sentenças dos processos. Se for esta na realidade a razão da utilização desta leitura considero que, se estivéssemos no ano 10 D.C., seria apropriada, mas como já estamos em 2010, parece-me absurdo. Já contabilizaram o tempo que se passam a ler documentos? A grande maioria das pessoas já sabe ler e mesmo que não saibam, conhecem alguém que saiba e os possa ajudar. Sim, eu bem sei que mesmo sabendo ler, é complicado perceber aquela linguagem jurídica que eles insistem em usar nos processos. Devido a esta linguagem, demoram mais a escrever, têm de ler as sentenças, as pessoas têm de ouvir e depois ainda têm de contratar tradutores para traduzirem os termos usados para português corrente. Tudo isto provoca ainda mais atrasos nos processos judiciais.
  • Injustiça – Outra das razões que provocam estes atrasos na Justiça são as injustiças. Muitos dos arguidos que são julgados são considerados inocentes quando deveriam ser considerados culpados e são colocados em liberdade. Estas injustiças provocam danos colaterais no sistema judicial uma vez que parte das vítimas ou dos familiares e amigos das vítimas acabam por perder a paciência (aqueles que não se contentam em acompanhar a série Dexter) e fazem justiça pelas próprias mãos, acabando por cometer novos crimes que por sua vez vão ser julgados e causar ainda mais entropia nos tribunais. É claro que alguns destes novos arguidos são culpados e alguns deles acabam por ser também considerados inocentes e isto provoca um novo ciclo de violência e de mais entropias nos tribunais.

Voltando ao processo Casa Pia propriamente dito… Foi divulgado hoje que afinal o Acórdão ainda não está pronto para ser entregue aos advogados dos arguidos porque decidiram culpar, mais uma vez, os coitados dos informáticos e pelos vistos o problema estava relacionado com as formatações do documento Microsoft Word que contém os textos e que não podiam ser convertidas para o formato PDF (que significa “Perda De Ficheiros”). Ao que pude apurar, o problema não estava bem na formatação, mas sim no elevado número de termos jurídicos usados nas centenas de páginas do documento. Como o Word não tinha activo o dicionário “Jurez”, não era capaz de reconhecer todos os termos usados e como tal, ao abrir o documento, o Word começava a sublinhar todas as palavras com o habitual sublinhado ondulado a vermelho (de erro) e o PC demorava cerca de 16 horas a processar todos os erros e caso alguém clicasse com o botão direito do rato em cima de um destes erros para ver sugestões para a respectiva correcção, o Word crashava originando um erro azul. O tribunal acabou por ter de envolver técnicos especializados em erros azuis da Microsoft para resolver isto e eles sugeriram três soluções:
  1. Entregar o documento Word aos intervenientes uma vez que não haveria problema de edição dos conteúdos do acórdão porque as versões do Word dos intervenientes iriam também crashar de certeza.
  2. Imprimir tudo para uma impressora directamente do ficheiro Word e depois digitalizar todos as folhas com um scanner directamente para um ficheiro PDF.
  3. Começar o processo todo de novo, tal como se faz com os programas da Microsoft para voltarem a funcionar quando algo de mau acontece.
Não cheguei a perceber qual das opções vão seguir, mas como ainda não entregaram nada a ninguém, presumo que tenham escolhido a terceira solução para o problema.


Durante todo este tempo, os arguidos têm-se dedicado, cada um à sua maneira, a ocupar o tempo. Vou expor aqui algum dos hobbies escolhidos por alguns dos arguidos deste processo.

Hugo Marçal:


O Hugo Marçal decidiu escrever um livro para passar tempo e ao mesmo tempo tentar ganhar algum dinheiro com todo o processo. O título que escolheu para o livro foi “Sabão Azul e Branco” e tanto quanto pude apurar, o título é alusivo a uma história que se passou com ele quando precisava de ganhar algum tempo para reunir mais provas para o ilibarem (que pelos vistos não serviram de muito…). Ele foi a um WC do tribunal a meio de um interrogatório e para ficar doente de propósito e ser dispensado desse interrogatório decidiu comer um sabão azul e branco que lá se encontrava. Já fui a muitas casas de banho em toda a minha vida e nunca vi em nenhuma delas qualquer sabão, quanto mais, azul e branco. Vi casas de banho com sabonetes, com sabonetes líquidos e até sem nada, agora sabão azul e branco… Ok, partindo do princípio que era verdade e que existia lá nesse WC um sabão azul e branco, não acredito que o tenha comido para ficar maldisposto. Eu acho que a verdadeira história foi: ele foi mesmo ao WC e quando ia lavar as mãos com o sabão azul e branco, este escorregou-lhe e caiu ao chão e quando ele ia apanhá-lo e se viu naquela posição desprotegida na retaguarda, teve uma epifania e percebeu o que lhe iria acontecer quando fosse considerado culpado no final do processo e fosse para a prisão. É claro que ficou logo maldisposto uma vez que, apesar de supostamente já ter estado em situações com posições semelhantes, os intervenientes e os papéis estavam invertidos.

Carlos Cruz:


O Carlos Cruz, apesar de pairar em torno da Justiça Portuguesa o tal mito dos problemas informáticos, decidiu ignorá-lo e construir um site na Internet onde foi e vai publicando informação sobre o processo Casa Pia. Não sei se por coincidência ou se por pura maldade, ou até por analogia aos actos supostamente praticados pelo Carlos Cruz às vítimas deste processo, o seu site foi também atacado por trás. Os hackers utilizaram a técnica de Trojan Horse (Cavalo de Tróia) como simbolismo da conquista de Tróia por parte da Grécia com a utilização de um cavalo de madeira cheio de soldados gregos e ainda como simbolismo à suposta utilização de cavalos de brincar por parte do Carlos Cruz como presentes para as crianças que pretendia conquistar. O site, que tem o endereço http://www.processocarloscruz.com, já está de novo online uma vez que o Carlos Cruz utilizou o anti-virus e firewall Panda (talvez seja mais uma analogia aos ursinhos de peluche ou apenas mais uma coincidência no meio disto tudo). O que não cheguei a perceber no meio disto tudo foi se o Carlos Cruz apanhou 7 ânus, se apanhou 7 anos ou as duas coisas…


Resta-me terminar este pequenino post com mais uma das minhas habituais sugestões de melhoria. Proponho que se altere o termo Acórdão para outro mais adequado tendo em conta o estado da Justiça Portuguesa e sugiro os seguintes:
  • Acordam – Mantendo a mesma pronúncia de “Acórdão”, o termo “Acordam” é muito mais adequado tendo em conta que os membros da Justiça Portuguesa parecem estar todos a dormir.
  • Acordeão – Não tão adequado como o primeiro, mas mantendo também uma pronúncia muito parecida, o termo “Acordeão” transmite a ideia de farra, comparando com a farra que parece existir nos tribunais em lugar de trabalho e faz também lembrar os cantares ao desafio das festas populares em que, analogamente ao que acontece nos tribunais com os advogados de defesa e de acusação, duas pessoas intervêm, uma de cada vez, a exprimirem baboseiras em direcção ao adversário.
  • Alcorão – O termo “Alcorão” é também apropriado uma vez que é muito parecido ao livro sagrado do islamismo porque tem muitas folhas, é sempre polémico, uns veneram-no de joelhos e outros tentam queimá-lo (deixo a explicação às várias analogias para as mentes dos leitores).
  • Algodão – Como o “Algodão” não engana, o Acórdão poderia ser chamado de “Algodão” para que dessa forma a justiça fosse um pouco mais credível.

domingo, 5 de setembro de 2010

Roubaram os Xutos & Pontapés



Todos sabemos que o crime, para além de não compensar, é uma coisa má e feia. Mas existem raras excepções em que o crime pode ser bem aceite. Este foi o caso do mais recente furto noticiado nos órgãos de comunicação. Os Xutos & Pontapés ficaram sem as suas guitarras, teclados, amplificadores e baterias quando se preparavam para ir para um “concerto”. Tudo aconteceu quando um dos funcionários deixou a carrinha (uma Mercedes Sprinter com a matrícula 82-13-XH) cheia com todo o material da “banda” à porta de sua casa e quando voltou, a carrinha já lá não estava. Quando os membros da “banda” souberam que tinham sido roubados, começaram a “cantar” “Vida malvada” e começaram também a pensar num remix da “música” “A minha casinha” e que terá o título de “A minha carrinha”.

Com este furto, os larápios conseguiram silenciar os Xutos & Pontapés por uns breves momentos e dessa forma contribuíram para o bem-estar de muitos. Desde quando deste furto pode ser considerado crime? Crime é deixarem os Xutos irem pelas queimas das fitas e concertos tocarem aquilo a que chamam música.

Espero sinceramente que o mau gosto da banda tenha também sido levado junto com a carrinha e com o material.