sábado, 28 de julho de 2012

Painéis com preços nas auto-estradas



A Autoridade da Concorrência divulgou na semana passada que os painéis que foram instalados nas auto-estradas para divulgar os preços dos combustíveis nas várias estações de serviço, não serviram bem para a finalidade que lhes foi atribuída. A colocação destes painéis permitiu que aos proprietários das bombas de combustível das estações de serviço nivelarem e aumentarem os preços dos seus combustíveis (ou se quiserem, concertarem de forma ilícita os preços, aumentando as margens de todos). Antes da existência destes painéis, os proprietários tinham alguma dificuldade em saber quais os preços que a concorrência estava a praticar para conseguirem competir e tinha como resultado a existência de preços diferentes. Mas agora tudo é mais fácil, já que de caminho para o trabalho basta a estes empresários olhar para os painéis de informação dos preços e já está, ficam automaticamente informados.

Uma das perguntas que ficam por responder e consome a maioria do tempo dos cidadãos portugueses é a seguinte: Para que é que colocaram painéis com várias linhas de informação, uma por cada estação de serviço/marca do combustível, quando os preços de todas as linhas eram sempre iguais? Sugiro por isso a introdução de uma nova placa de informação de preços conforme conceito seguinte:



Já a pensar no futuro, idealizei uma nova placa que, para além de conter o preço da gasolina e do gasóleo, contém também o preço da electricidade, que será útil para os condutores que possuam carros eléctricos. Vejam a imagem seguinte com a prova de conceito:



Outras das perguntas, e que provavelmente apenas me atormentam a mim, são as seguintes: Para que servem aquelas placas ou sinais de pré-aviso que aparecem 8 quilómetros antes dos painéis com informação de preços, a indicar que vai aparecer um painel informativo com informação dos preços (que por sua vez avisa que vão aparecer 3 postos de abastecimento, todos com preços iguais)? Não será necessária também a colocação de outra placa uns quilómetros antes a informar que a primeira placa vai aparecer e dessa forma não apanhar as pessoas desprevenidas? Provavelmente seria necessário instalar um dominó de placas deste tipo, de metro em metro de auto-estrada e dessa forma as pessoas podiam ler de forma quase contínua a informação desejada em lugar de olharem para a estrada que é muito mais monótono e provoca acidentes.

Existe ainda mais uma pergunta, mas esta muito mais facilmente respondida pelos portugueses, que é a seguinte: "Porque é que a Galp teve aumento de 56,7% dos lucros no primeiro semestre de 2012?"

quarta-feira, 25 de julho de 2012

TVI Ficção



A TVI passa tantos conteúdos maus, tantas novelas, tantos programas de música e dança e tantos programas da manhã e da tarde que ter apenas um “canal”, limitado a 24 horas por dia de programação má, não era suficiente. Como tal decidiram lançar um “canal” novo que baptizaram de TVI Ficção que será transmitido em exclusivo no MEO. A boa notícia é que apenas será lançado em Outubro, a má notícia é que será lançado (mais um canal da minha box que será desprezado).

Apesar de não concordar com, nem utilizar, o novo acordo ortográfico, preferia que tivessem eliminado por completo a palavra “ficção” porque, dessa forma, não seria possível criarem o TVI Ficção.

Resta-me terminar este post a sugerir novos nomes mais adequados tendo em conta os conteúdos e, desta vez e para piorar um pouco mais este post, vou sugerir também alguns slogans para acompanharem este novo “canal” mau:
  • TVI Sifão – O canal onde se acumula a porcaria da sua TV
  • TVI Fixação – O canal obcecado pelas coisas más
  • TVI Frustração - Tão mau que até é frustrante
  • TVI Furacão - Por onde passa, destrói o que é bom
  • TVI Aflição – Fique aflito com esta programação
  • TVI Infecção – O canal que infecta a sua TV

domingo, 22 de julho de 2012

Facturas obrigatórias



Segundo as novas regras de facturação aprovadas pelo Governo e anunciadas pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (Paulo Núncio), a partir de 1 de Janeiro de 2013, deverão ser geradas e entregues ao consumidor factura de todas as transacções comerciais de bens e serviços. Cabeleireiros, mecânicos e restaurantes são os negócios onde estas regras serão aplicadas primeiro, estendendo-se de forma gradual aos outros negócios. A partir do próximo ano sempre que pedir um café e uma nata terá de fazê-lo pedindo também a factura, ou seja “Quero um café, uma nata e a factura”.

Outra das regras introduzidas pelo Governo implica que os agentes comerciais serão proibidos de entregar documentos e papéis aos consumidores que não sejam facturas. Se por um lado se compreende que os talões de mesa normalmente entregues com o café não tenham qualquer necessidade ou objectivo, existem outros documentos e papéis que nos dão jeito quando vamos a um café ou outro tipo de estabelecimento, como o caso dos guardanapos que pedimos quando tomamos o tal café e a nata. Com estas novas regras os comerciantes não vão poder entregar guardanapos, toalhas de mesa de papel muito usadas nas tascas e restaurantes mais baratos, as padarias não vão poder vender o pão com sacos de papel, os WC públicos e dos estabelecimentos vão deixar de ter papel higiénico e toalhas de papel e o que me parece ser o pior caso de todos, as papelarias e lojas de material de escritório vão ser proibidas de entregar fotocópias ou simples resmas de papel aos clientes uma vez que estes papéis não são facturas.

No caso do papel higiénico, já estou a imaginar a forma astuciosa como os proprietários dos WC irão resolver o problema: vão começar a cobrar o acesso às casas de banho e em lugar de um dispensador de papel higiénico, irão disponibilizar uma impressora de facturas e o cliente poderá guardar e arquivar as facturas impressas ou utilizá-las para asseio das partes íntimas e/ou traseiras.

Se por um lado esta medida acrescenta alguma equidade fiscal na cobrança de impostos, já que a maioria deste tipo de estabelecimento foge aos impostos por não declarar a maioria das transacções comerciais, por outro lado, o abate de árvores irá aumentar para produzir papel suficiente para a geração de tantas facturas. Esta medida deveria ser implementada de forma digital e qualquer transacção comercial deveria ser registada directamente num servidor do Fisco sem necessidade de gastar papelada, que na prática vai parar imediatamente ao lixo porque as pessoas não vão acumular papel em casa para deduzirem uns cêntimos no IRS.

iPhone 5 – The Can



Depois do “sucesso” do iPhone 4 e do iPhone 4s (que era igual ao 4, mas que tinha o S de “Shit” ou de “Siri”, não cheguei a confirmar qual) a Apple prepara-se para lançar o “tão aguardado” iPhone 5. Apesar de terem sido divulgadas algumas imagens do suposto aparelho, ninguém podia afirmar com certeza que esse seria o aparelho final… ninguém podia até agora, porque o Ainda Pior Blog teve acesso em exclusivo a imagens e vídeos ultra-secretos do “novo” e “revolucionário” aparelho da Apple.

Este aparelho segue a mesma linha dos anteriores, ou seja, aplicar tecnologias existentes e não revolucionárias, colocar-lhes a marca da maçã trincada e pronto, o sucesso é garantido. No novo iPhone 5 a Apple recuou dezenas de anos para recuperar a tecnologia de comunicação através de latas ligadas por um fio, incorporando-a no seu novo “smartphone”. Vejam o vídeo de demonstração do novo conceito e do protótipo (de seu nome de código secreto “The Can”):


Para além de aplicarem esta tecnologia no iPhone 5, a Apple espera também aplicá-la nos seus portáteis para que as pessoas possam conversar nas suas ferramentas de vídeo chamadas/chat preferidas, como o Skype, por exemplo.

Mais informação sobre o dispositivo “The Can” pode ser visto aqui.

sábado, 21 de julho de 2012

“Relvas” Artificial


Nas últimas semanas tem existido alguma indignação por causa da “licenciatura” relâmpago do “Ministro” Miguel Relvas. Enquanto que as pessoas normais vão para a universidade, pagam as propinas, vão às aulas durante vários anos, estudam, fazem os exames e tiram a licenciatura para irem arranjar um emprego, o Miguel Relvas decidiu inverter isto tudo tirando partido da falta de regras de algumas “universidades”. Primeiro foi para o “emprego” de político dirigiu um grupo de rancho folclórico o que tornou cientificamente apto para ter equivalências à esmagadora maioria das cadeiras que tinha no curso de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa e consegui licenciar-se. Mas existem pessoas que, por não terem andado na escola ou na universidade não percebem muito sobre os termos “cadeiras”, “equivalências”, “propinas”, “estudar” e “fraude” e que mesmo assim pretendem tentar perceber este caso e ficarem elas também indignadas com ele. Foi então que decidi fazer aqui uma analogia entre o caso Miguel Relvas com a comparação da relva de jardim vegetal (a relva verdadeira) e a relva artificial.

Relva verdadeira:
Para terem um jardim bonito e verdadeiro com relva vegetal verdadeira, as pessoas devem seguir certos passos. Devem preparar o jardim com terra vegetal, devem matar as ervas daninhas, retirar as pedras, endireitar a terra, abrir rasgos e passar a tubagem e o sistema de aspersores para a rega, devem depois alisar e compactar a terra para que o jardim fique direito, devem plantar os pés de relva e devem depois semear com sementes para que o relvado fique composto. Depois basta cilindrar e regar com abundância para que a relva “peque” (ganhe raízes) e comece a crescer cobrindo todo o jardim de um manto verde (o que pode demorar meses ou até um ano dependendo do jardim). Isto tudo dá muito trabalho e traz bastantes custos quer no início quer depois na manutenção do jardim (rega, corte e fertilizantes e adubos, etc.) mas é assim que se tem relva a sério. Esta relva verdadeira seria análoga ao “Ministro” Miguel Relvas se este tivesse passado por todas as fases necessárias para se tornar um Licenciado a sério.

Relva falsa:
Mas o Miguel Relvas decidiu ser análogo ao relvado artificial e falso que aparentemente e visto de longe parece relva, mas de facto não é. E para ter um relvado artificial no jardim é mais fácil, mais barato e consegue-se fazer num dia, basta ir ao AKI ou outra qualquer superfície que venda rolos de relva artificial suficiente para cobrir o jardim, comprar o que é necessário para a fixar ao chão, chegar a casa desenrolar e instalar tudo no chão e já está. Nem é preciso rega, corta-relvas nem adubos. Ainda por cima é legal ter relva falsa porque supostamente esta relva consegue ter “equivalência” a um relvado verdadeiro. Mas de facto, se ganharem algum inimigo que seja jornalista, este será capaz de ir ao fundo da questão e saber que compraram e ficaram com o jardim falso que ficou pronto num dia.

Kissenger - Beijos à distância



Descobri no outro dia um daqueles aparelhos que merecem ser divulgados no pior blog de todos – o Kissenger (Kiss Messenger) da empresa Lovotics (de Singapura). Trate-se de um par de porcos mealheiro que se ligam ao PC por wireless e que permitem que pessoas e outros seres vivos partilhem beijos à distância. A empresa Lovotics afirma que estes dispositivos permitem sentir de forma bastante convincente o mesmo que se sente com um beijo normal. Na minha opinião e mesmo sem ter testado parece-me que faltarão algumas características, tais como:
  • Língua – A boca artificial dos Kissenger não possuem língua, logo não poderão simular um “linguado”;
  • Saliva – Estes porcos não segregam saliva como as bocas normais;
  • Hálito – estas bocas artificiais também não conseguem simular o hálito do companheiro/companheira, seja ele fresco ou a com cheiro a podre;
  • Dentes – Estas bocas também não permitem simular dentadinhas na boca da cara-metade;
  • Sexo oral – Tendo em conta o aspecto e aparente falta de mobilidade das bocas dos Kissenger, não me parece que possam ser aplicadas noutras partes do corpo mais íntimas.

Vejam os vídeos de demonstração deste dispositivo de beijos à distância que já vai na versão 2.0:

 





Se precisavam de um motivo para afastar o vosso companheiro ou companheira porque beijam mal, cheiram mal da boca ou porque simplesmente não gostam dele(a), mandem-no(a) dar uma volta usando como pretexto que pretendem dar um beijo à distância com o Kissinger. Alerto também que alguns destes bonecos poderão ser bem mais bonitos e jeitosos que os trambolhos que têm como companhia e por isso poderão correr o risco de se apaixonarem por eles.

Resta-me deixar aqui a sugestão de criarem uma nova versão que permita beijar apenas o companheiro autorizado, uma espécie de protecção por password (ou scanner de lábios) que possibilitem que o sistema não funcione com lábios de estranhos e que envie um SMS para as autoridades quando alguém o tentar beijar à força ou até tentar violar. Outra funcionalidade que poderá ser interessante é o multi-beijo, tão útil para orgias à distância.