quinta-feira, 3 de abril de 2008

Conservatória

No dia 20 de Março fui à Conservatória de uma cidade aqui perto e foi nesse mesmo dia que senti na pele a lentidão e a burocracia existente na Função Pública. Era só papelada por ali e senti na pele porque um monte com 3 metros de altura de papéis me caiu em cima e a página 81 do Modelo 321/A de 2014, ao cair, fez-me um corte na pele do braço.

Estive lá 6 horas seguidas só para conseguir chegar à máquina das senhas e retirar uma! A senha que me saiu, tinha o número 14x10^36, o tempo previsto de espera era composto por letras, isto porque aquele valor não era passível de ser representado por algarismos. Olhei para o último número que tinham chamado e descobri que era o 225 e tinha sido chamado há uma semana atrás. Nesse momento pensei, isto ainda podia ser pior…até estou com sorte hoje! Fiquei a pensar nas vantagens daquela situação e no meio de tantas lembrei-me que quando fosse atendido podia já ter falecido e então aproveitava e pedia logo a certidão de óbito, fazia as doações todas dos bens, que ainda não tinha, a favor dos filhos que ainda vou ter!

Enquanto esperava, olhei à minha volta e constatei que tinham lá muitos computadores e por isso mesmo é que as funcionárias até se mexiam rápido ao colocar as cartas nos locais certos no Freecell…não consigo conceber na minha mente como seria lento aquilo na Conservatória a jogarem Freecell à mão…nessa altura, no tempo dos Reis, aquilo devia ser um pouco pior! Foi então que um Cavaleiro que estava lá a conversar com um Homem de Neandertal me disse: “como ousais passar em minha fronte sem me prestar vassalagem! Eu sou o número XIX e estou a sua frente!”…

Este tipo de funcionárias, ou seja, funcionárias públicas apenas fazem andar a economia para a frente quando organizam manifestações, isto porque fazem muitas T-shirts, muitos cartazes, compram megafones, etc. Apenas nesses dias é que trabalham um pouco!

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