segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe dos porcos



Estas notícias sobre a gripe suína têm-me deixado um bocadinho confuso e posso dizer que esta pequena confusão prende-se com os seguintes factos:
  1. O vírus teve a sua origem num cocktail que continha vírus das galinhas e vírus dos humanos, e os suínos foram usados como “shaker” para a incubação do vírus final;
  2. O vírus apenas se propaga de humanos para humanos através do meio aéreo ou através de contactos íntimos;
  3. Existem especialistas em gripe suína;
  4. As únicas formas conhecidas de evitar a doença são: lavar as mãos, não espirrar para cima dos outros, deitar os lenços de papel ao lixo depois de usados.

Qualquer um devia ler estes pontos com atenção e perceber que existe algo de errado. Mas como toda a gente está em pânico e não conseguem raciocinar bem, aqui vai o meu contributo para percebermos melhor esta suposta doença.

Em primeiro lugar, como é que é possível existirem especialistas em coisas que não existiam antes? Sim, porque mal aparece uma coisa nova, como o caso deste vírus, aparecem logo especialistas que parecem ter estudado o tema largos anos da sua vida. Este ponto não é o mais crítico, até porque toda a gente está já habituada a estes oportunistas. Vamos passar ao verdadeiro cerne da questão.

Se os suínos serviram de hospedeiro para a incubação desta estirpe do vírus e se o vírus só é transmissível entre humanos, como é que o primeiro humano foi infectado? Esta é a grande pergunta que os cientistas deveriam estar a responder neste preciso momento. E a resposta é uma de duas: ou o vírus foi transmitido para o primeiro humano através de um espirro ou através de contactos íntimos com suínos e então é possível a transmissão entre os suínos e as pessoas, ou então o vírus teve origem em pessoas e não nos suínos. Pessoalmente, e analisando as únicas formas de prevenir esta doença, diria que o vírus teve origem num humano bastante porco que não lavava as mãos, que usava lenços de tecido várias vezes seguidas sem lavar e que espirrava para o ar no meio de multidões. Ou seja, o nome da doença deveria chamar-se gripe dos porcos e não gripe suína já que os suínos não têm qualquer culpa na falta de higiene de alguns humanos.

Já que estamos a falar de suínos e doenças, aproveito para informar que o meu porco mealheiro, tal como a maioria dos porcos dos portugueses, está também doente. Não padece da gripe dos porcos ou sequer de constipação, está sim bastante fraco devido à greve de fome involuntária pela qual está a passar. Tudo começou desde que deixei de o alimentar com dinheiro. É triste, mas tive que fazer uma escolha difícil: ou ele ou eu. Se quiserem contribuir com dinheiro para o alimentar, é só avisarem.

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