sábado, 15 de outubro de 2011

Orçamento de Estado 2012



O Primeiro-ministro José Sócrates Pedro Passos Coelho, anunciou na passada quinta-feira o Orçamento de Estado para 2012 (OE2012) e mais uma vez, em lugar de serem anunciadas medidas que dinamizem a economia, que auxiliem as pessoas em dificuldades, que criem emprego, que gerem inovação e exportações, o Pedro Passos Coelho anunciou mais um pacote de medidas de austeridade (palavra que deveria ser alterada porque a maioria das pessoas mais humildes não sabe o que significa e até podem ser enganadas por pensarem que austeridade é uma coisa boa).

De todas as medidas que foram anunciadas, a que mais me chocou pela ineficácia da mesma, foi o aumento de 30 minutos por dia no horário laboral e sem qualquer remuneração. O Governo Português na sua ingenuidade pensava que as empresas iriam aproveitar esta oportunidade para encontrarem mais oportunidades de negócio, para produzirem mais e melhor, para inovarem, para aumentarem as exportações, etc., mas engana-se.

Em que é que esta medida contribui realmente para a competitividade? Se as empresas já têm dificuldades em laborar as 8 horas por dia, o que vão fazer com mais 30 minutos por dia? Os funcionários vão ter mais meia horinha para olharem para o ar, para verem e-mails com anedotas, para verem vídeos com gatinhos engraçados, para actualizarem os seus perfis nas redes sociais, para falarem mal uns dos outros (isto ocorre com maior frequência entre as mulheres), entre outras coisas menos próprias do ambiente laboral. Os trabalhadores já estão indignados com tudo o que se tem passado com Portugal e com os seus rendimentos, e não me parece que vão querer trabalhar mais meia hora sem receberem qualquer remuneração e sem verem o seu esforço a dar frutos de alguma forma.

São mais 30 minutos de dificuldades que as empresas vão passar a ter por dia, já para não falar no aumento dos gastos em água, electricidade, combustíveis (no caso dos vendedores e técnicos que utilizam os veículos para trabalhar), etc. que vem por arrasto com esta medida.

Agora vamos imaginar o que aconteceria a Portugal se esta medida fosse aplicada também à máquina do estado? Os governantes iriam conseguir ter mais 30 minutos por dia para idealizarem mais medidas de austeridade que afectassem o pobre do trabalhador e que enterrassem cada vez mais fundo a possibilidade de rentabilizarmos a ajuda financeira que nos foi concedida.

As outras medidas anunciadas neste Orçamento de Estado para 2012 são as de sempre:
  • Aumento de impostos
  • Aumento do IVA
  • Diminuição de Salários, Subsídios, Pensões
  • Diminuição das deduções para IRS (Saúde, Habitação e Educação)
Por último gostaria de sugerir que alterassem a designação “Orçamento de Estado 2012” para outra mais apropriada, como por exemplo:
  • Sentença de Estado 2012
  • Opressão do Estado 2012
  • Estado de sítio 2012
  • Fim do Mundo em 2012

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