sábado, 1 de dezembro de 2012

Subsídios em suaves prestações

O Governo aprovou em Conselho de Ministros uma nova lei que obriga as empresas do sector privado a pagarem metade dos subsídios de Férias e de Natal (13º e 14º meses de ordenado) ao longo dos restantes 12 meses do ano. Esta foi a forma que eles encontraram para que os portugueses mais distraídos não se apercebam do roubo que irá acontecer em 2013 (e tem acontecido em 2012) nas suas carteiras, contas bancárias e colchões através do enorme aumento de impostos. Esta lei diz ainda que as empresas que não façam estes pagamentos ao longo do ano serão elas próprias vítimas de roubo através de pagamentos de multas (até 40000 Euros, dependo do tipo de empresa).

Se o PSD e o CDS estivessem um pouco mais atentos ao que se passa no Mundo perceberiam que, segundo uma Profecia dos Maias, o Mundo vai acabar em Dezembro de 2012 e como tal, não faz qualquer sentido criar novas leis ou Orçamento de Estado para 2013. De qualquer forma e como a NASA, que por qualquer motivo não se cansa de procurar outro planeta habitável, já veio dizer que afinal o Mundo não vai acabar e então o Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho começou já a trabalhar no Orçamento de Estado para 2014.

Eu tive acesso ao rascunho da primeira versão deste Orçamento de Estado para 2014 e consegui verificar que estas artimanhas do Governo não só vão continuar, como vão ser ainda mais danosas para os contribuintes. Para 2014 o Governo vai alterar de novo as regras do IRS para criar apenas um escalão em que todos os contribuintes de todas as classes sociais, sectores, do público e do privado, pensionistas, desempregados e trabalhadores independentes irão ter uma taxa de 89% do seu vencimento, os restantes 11% serão para a Segurança Social (Taxa Social Única). Para que os portugueses não sintam esses cortes, o Governo vai impor uma nova lei que irá obrigar as empresas a pagarem os vencimentos de 2015 e 2016 em 2014, desta forma, os portugueses não só não irão sentir qualquer aumento de impostos, como verão os seus rendimentos de 2014 duplicar e dessa forma poderão gastar mais, dinamizando a economia. Em 2015 e 2016 logo se verá e o próximo Governo que resolva.

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