sábado, 3 de setembro de 2011

Mãe de Braga

A SIC continua a insistir em mostrar várias reportagens, em vários serviços noticiosos e programas de “entretenimento” uma senhora de seu nome Carina Peixoto, da zona de Braga, que entregou os filhos a uma irmã devido a dificuldades financeiras e de preguiça. Segundo pude apurar a senhora não queria trabalhar e então ficou sem dinheiro e como não podia alimentar os filhos, passou a responsabilidade para outros por ser mais fácil.

Vejam a "reportagem", ou passem à frente para lerem desde já as minhas conclusões:




O que mais me chocou foi a forma orgulhosa com que dizia que se há coisa que ela sabe fazer “é ser mãe”. Ser mãe não é só dar à luz as crias, mas sim trabalhar árdua e constantemente para manter o bem-estar dos seus filhos e não se deixar vencer pela preguiça e facilitismo, passando essa responsabilidade para terceiros.

Ora vamos lá analisar com mais cuidado e profundidade este caso. A senhora não precisava de ir à televisão mendigar por trabalho quando existem por aí muitos trabalhos para as pessoas que realmente querem trabalhar. “Empregos” daqueles onde não se faz nada e se ganha muito, não existem muitos (porque a maioria das ofertas deste tipo são na política e função pública e já estão todas ocupadas).

Para desmistificar mais este caso, posso afirmar que numa manhã é possível dar uma volta física ou virtual por Braga, pelas ruas, por centros comerciais e na Internet e é possível encontrar dezenas de ofertas de emprego em restaurantes, cafés, lojas de roupa, empresas de limpezas, de costura, etc. Mas esta senhora não procurou este tipo de trabalhos porque é preciso trabalhar, mas foi à televisão mostrar-se em reportagens para angariar empregos muito melhores, como o caso de emprego em restaurantes, cafés, lojas de roupa, empresas de limpezas e de costura. Ou então pretendia que as pessoas por sentirem pena dos preguiçosos doassem dinheiro fácil para o ganhar sem qualquer esforço.

Esta senhora aparenta ter todas as suas faculdades motoras e idade para trabalhar como os restantes e só não o faz porque não quer e é hipócrita o suficiente para se auto-caracterizar como “necessitada”, esquecendo que existem pessoas em piores condições de saúde, que nem casas têm, com mais idade, com vontade de trabalhar mas não podem e que não têm sequer forma de pedir ajuda e atenção para os seus problemas através dos meios de comunicação.

Algumas pessoas ingénuas que viram esta reportagem ficaram sensibilizadas e sentem pena por esta senhora criando uma “onda de solidariedade”, o mesmo não se passou comigo que consigo ver um bocadinho além do superficial. Para além disso, esta senhora “vendeu” as crianças em troca de 5 minutos de fama na televisão, prática que costuma ser crime noutros países.

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