segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

La Bañeza



Este fim-de-semana decidi fazer algo diferente do habitual…em lugar de passar seca em casa, decidi ir passar seca noutro local qualquer. Desta feita, o local seleccionado foi La Bañeza, perto de León, Espanha.Vou tentar fazer um apanhado das minhas peripécias nesta viagem para partilhar com vocês os dois que lêem este blog…

Estradas:
Toda a gente costuma dizer que Espanha é melhor do que Portugal, mas pelo que vi neste fim-de-semana, posso garantir que não. Em alguns aspectos, Espanha é bastante pior do que Portugal, começando pelas estradas. Apanhei a A24 Portuguesa em direcção a Espanha e fui entrar na A52 deles e estranhei não existir nenhum daqueles edifícios que existem em todas as auto-estradas portuguesas e que costumam provocar estragos nas nossas contas bancárias. O facto de não existirem as famosas portagens, provocou na minha face um enorme sorriso, rasgado de orelha a orelha. Esse sorriso durou apenas 1 ou 2 minutos já que foi desfeito logo que passei pelo primeiro de muitos buracos existentes nessa auto-estrada. Percebi então que na A52 não eram cobradas portagens porque os automobilistas precisam do dinheiro para pagar os estragos provocados pelas crateras nas suas viaturas. Em toda a viagem não encontrei qualquer viatura das autoridades espanholas a vigiarem os limites de velocidade e também esta peculiaridade é fácil de explicar: não acredito que ninguém lá passe a mais de 120km/h e tenha veículo para voltar a conduzir.

Cafés:
La Bañeza é conhecida por ter uma corrida de motos nas ruas da cidade, e por esse motivo existe uma forte tradição motoqueira na zona. Envolto nesse espírito, decidi entrar num café-bar de motoqueiros para tomar um café. Em lugar de café, ia tomando tétano ou outra qualquer doença só por respirar o cheiro que emanava aquela tasca. Acabei por sair sem tomar nada devido ao receio de falecer e procurei outro estabelecimento para saciar a minha necessidade de cafeína. Lá encontrei outro café, também ele com cheiro nauseabundo, mas neste caso, tive mesmo de tomar uma chávena do que eles lá chamam de “café”. O empregado trouxe-me uma chávena com uma água escura e quente que me custou €1, mas pelo sabor, café não era de certeza, ou então foi água usada para limpar as tubagens da máquina de café que lá tinham para enfeitar o estabelecimento.

Óculos de Sol:
Recomposto do mau gosto deixado pelo café espanhol, percorri as ruas para procurar algo em que pudesse gastar dinheiro e decidi entrar numa loja de óculos. Mal entrei, um funcionário (que parecia ser o proprietário) disse-me “Hola!” e veio ter comigo. Mas enquanto me perguntava se precisava de ajuda ia fechando e trancando todos os expositores dos óculos de sol com uma cara de pânico tal que parecia que eu tinha alguma pistola na mão. Lá lhe disse que estava apenas a ver e ele afastou-se, tendo chamado outra senhora para o ajudar a controlar-me com medo que os assaltasse. Encontrei uns óculos de sol que me agradavam e pedi para os experimentar. Disse-lhe que os levava e fui para o balcão para pagar. Quando ele me disse o preço percebi que, se existia algum assalto a decorrer naquele momento, a vítima afinal era eu!

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