Canta Baía

Estava eu hoje descansado da vida a almoçar quando ouvi uma das músicas mais estúpidas criadas até ao momento…até perdi o apetite e olhem que é quase impossível isso acontecer! Era uma espécie de música de samba da autoria dos Canta Baía na qual entoavam coisas sobre o futebol português e sobre o campeonato da Europa. Espero que os jornalistas não façam desta coisa o hino da selecção nacional! Mal por mal mais valia a música da Nelly Furtado de há uns anos atrás!

O que é certo é que os Portugueses estão-se a deixar dominar pelos Brasileiros também no futebol. Primeiro veio o Scolari, depois veio o Deco, agora veio o Pepe, daqui a pouco vem o Liedson e outros 14 jogadores cariocas e quando dermos por ela deixamos de ter selecção portuguesa para passarmos a ter uma selecção brasileira! Eu acho que a Fifa deveria intervir neste assunto, até porque estamos em estágio para um Europeu e que eu saiba o Brasil nem faz parte da Europa!

Terminado abruptamente o almoço, dirigi-me indignado para o café…cheguei lá, sentei-me e só passados dois segundos é que dei pela música que estavam a passar na tasca. Imaginem que tipo de música era…adivinharam! Era música brasileira de novo! Já não chegava ao almoço ter ouvido os Canta Porcaria, que ainda levei com outra brasileirada ao tomar café? Para o meu dia terminar em beleza, ficariam a faltar duas ou três escolas de samba a desfilarem no sambódromo do meu quarto logo à noite quando já estiver eu de pijama vestido agarradinho ao ursinho, preparado para dormir! Não me venham dizer que as brasileiras até são jeitosas e que a silicone que usam é de boa qualidade que não me acalmam os nervos. Isto não pode continuar assim.

Tendo tomado café fui comprar pão e enquanto esperava pela minha vez de ser atendido, pensava que o meu dia até estava a correr bastante bem. De repente vira-se a moça para mim e diz o seguinte: “Boa tcharde!” Foi o fim…parecia mesmo a cereja em cima do bolo! A brasileira perguntou-me o que queria…eu, educadamente como sempre, pedi o costume: Dez pães.

A rapariga respondeu: “Déix pães?” e eu voltei a repetir: “Não, não! Quero dez pães!” Passadas três horas a tentarmos conversar em português (e não tréix horas como eles dizem) lá consegui escrever num papel o que queria e lá fui atendido.

Bem, tendo exposto aqui algum agastamento com todas estas situações que me aconteceram, resta-me pedir que se tome alguma iniciativa em relação a este flagelo. São as novelas, as músicas, os Carnavais, o futebol, o dicionário, daqui a nada até mudam o nome do Cozido à Portuguesa para Cozido à Brasileira…o resto ainda vou aguentando, agora no cozido que ninguém toque!