Nesta última semana tem-se verificado uma enorme quantidade de pessoas a rumarem a Fátima. Uns vão descalços, outros de joelhos, outros a pé mas dentro dos autocarros, etc. Não consegui perceber se vão lá para rezar ou se vão lá para admirar a arquitectura da nova igreja. Uma coisa é certa todos lá vão pedir alguma coisa à santa.
As pessoas pedem milagres e pensam que para que estes se concretizem se têm de submeter a sacrifícios e penitências. Algumas pessoas estão doentes dos ossos e vão de joelhos 150 km para que a Nossa Senhora de Fátima os cure. Quando lá chegam já não têm cura possível, nem com milagres aquilo vai ao sítio! Outras pessoas estão completamente saudáveis fisicamente e então vão lá pedir à santa que os cure de doenças nos ossos que só vão surgir quando chegarem ao santuário e então em lugar de pedirem para que lhes seja curada uma doença específica no início do peregrinação, pedem que lhes seja curada qualquer doença relacionada com a viagem! Alguns tentam adivinhar e pedem para serem curados aos joelhos, uma vez que prevêem chegar lá com os joelhos todos partidos, mas alguns a meio do caminho têm tanta dores nos joelhos que caem para a frente e batem com os dentes no alcatrão e quando chegam ao destino apenas os joelhos ficam curados, ficando com os dentes todos partidos para a peregrinação do ano seguinte.
No outro dia ouvi dizer que entrevistaram um puto que tinha dito que ia a Fátima a pé para que fosse abençoado e passasse a ser o melhor aluno da turma. Bem este milagre era mais fácil de tornar realidade se ele em lugar de faltar às aulas para ir a Fátima, fosse para a escola estudar como os restantes alunos da turma dele. Ou então, se ele fosse o único aluno da turma, também seria um pouco mais fácil! Os pais dele devem-no acordar de manhã cedo, mas em lugar de o enviarem para a escola, enviam-no para um campo de futebol para dar 150 voltas ao mesmo para treinar para a peregrinação! As poucas vezes que vai à escola deve ser para ir buscar os amigos para faltarem também com a promessa que quando ele fizer caminhada que dará uma palavrinha a Fátima para os passar também com distinção!
Tive também conhecimento de um novo tipo de emprego em que pessoas recebem dinheiro e vão cumprir as promessas de ida a Fátima pelos outros! Será que eles conseguem fazer promessas de mais do que uma pessoa em simultâneo? É um bom negócio…às tantas recebem o dinheiro e depois visitam a página da Internet do santuário ou visitam Fátima pelo GoogleEarth e é só lucro!
Enquanto estive a efectuar o levantamento de informação para elaborar este tão rico conteúdo, surgiu-me mais uma ideia inovadora, desta feita para um jogo de vídeo para Nintendo Wii. Trata-se de uma aventura em que a personagem principal tem como objectivo percorrer o país em direcção a Fátima. O jogador poderá jogar em vários níveis de dificuldade, desde o nível básico em que terá de percorrer de autocarro 10 Km até ao nível ultra hard difícil em que deverá percorrer 400 km a fazer o pino mas com os braços cruzados enquanto reza o terço em latim (este aqui só com cheats é que será possível de concluir). Nesta aventura o protagonista terá que enfrentar inúmeros desafios como recusar tentativas de engate por meninas jeitosas que vão surgindo nas bermas das estradas a fazer renda e até desviarem-se dos condutores malvados que tentam a todo o custo adormecerem ao volante para atropelarem os peregrinos. Uma vez que é um jogo que promove o exercício físico, inventei também um comando para a consola que é tipo o Wii Fit, mas em que a pessoa pode também colocar-se de joelhos para simular os cumprimentos das promessas mas que vai mudando de temperatura e de texturas à medida que o jogador evolui na dificuldade e na aventura. As texturas que idealizei são: alcatrão, paralelos, lâminas, facas de serra, cocó e até no modo metal podem ser as mãos e cabeças de fãs em concertos. O nome para o comando poderá ser Wii kni (de joelho em inglês, ou seja knee).
Se alguém estiver a ler este tema e quiser comprar os direitos do jogo e do periférico, avisem por e-mail.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
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