Chegou o momento de revelar mais um dia da viagem de descoberta do caminho parvo para a Índia – o 4º dia. E o tema principal deste dia é o trânsito… Sim, outra vez, porque o trânsito na Índia é mesmo especial e merece que seja abordado em dois posts (ou em mais).
Neste dia andei um “pouco” numa auto-estrada indiana, na “National Highway 76”, e vi um pouco de tudo na estrada:
Acidentes:
Durante as 2 semanas de estadia da Índia e tendo em conta o trânsito caótico que existe, apenas vi um acidente e foi nesta auto-estrada. Tendo em conta o que por lá circula nas auto-estradas e as maiores velocidades praticadas, é normal que seja o local mais propício a acidentes:
Vacas:
Vi vacas a circular nas bermas da auto-estrada e até vi umas quantas a atravessarem a auto-estrada. Como as vacas são sagradas na Índia, podem andar em todo o lado, no passeio, na estrada, na berma, na auto-estrada, nas estações de serviço e até na linha de comboios havia vacas (não consegui descobrir se eram vacas movidas a energia eléctrica, a diesel ou se ainda eram a vapor…). Durante a estadia tive oportunidade de ver vacas em todo lado, excepto no meu prato em forma de bife ou costeletão…
Pára-choques:
Em plena auto-estrada, vi um jipe com 4 indianos pendurados no pára-choques traseiro ou os seus traseiros iam lá para servirem de pára-choques ao jipe… não cheguei a perceber bem qual o objectivo de lá irem pendurados a 120Km/h. O que é certo é que qualquer veículo pode ter um número de lugares teórico, mas na prática, conseguem transportar muitos mais passageiros indianos de um lado para o outro. Vejam este pára-choques traseiro “peCUliar”:
Contra-mão:
Cá em Portugal apenas os idosos em carros papa-reformas ou em tractores circulam em contra-mão, na Índia qualquer um pode circular em contra-mão. Eu tive a oportunidade de experimentar esta sensação de andar em contra-mão, já que parámos numa estação de serviço e saímos de lá pelo mesmo lado por onde entrámos, ou seja, em contra-mão. Tive até oportunidade de ver os agentes da autoridade indianos (polícia) a circularem de carro em contra-mão.
Preços dos combustíveis:
Tive hipótese de ver os preços dos combustíveis na Índia e posso assegurar que são um pouco mais baratos do que em Portugal e como tal, recomendo às pessoas que fazem quilómetros para atestarem os seus veículos em Espanha, que se dirijam para a Índia, que é um pouco mais longe, mas podem poupar uns cêntimos por litro. Os preços dos vários tipos de combustíveis variam entre os 60 cêntimos e 1 euro por litro (não me perguntem qual é o preço de que combustível, porque o pouco tempo que lá estive, não deu para aprender muito Híndi…).
Uma vez ter saído da auto-estrada, continuei a ver e a descobrir coisas interessantes relacionadas com o trânsito na Índia:
Empilhadores:
Em Portugal e como medida de segurança no trabalho, os empilhadores são obrigados a emitirem um som quando se movimentam em marcha-atrás que sinaliza que existe uma máquina em manobras. Na Índia isto também é obrigatório quer nos empilhadores, camiões, máquinas escavadoras, etc., mas enquanto em Portugal este som é o conhecido “Pi-Pi-Pi…“, na Índia, este som é personalizado com músicas de vários tipos (principalmente músicas indianas). O mesmo se passa com os apitos e buzinas. Vejam o vídeo seguinte onde é possível ouvir a música de marcha-atrás de um empilhador indiano:
Motas:
A grande maioria das motos que são comercializadas na Índia são da marca Hero Honda, que é uma marca local que surgiu da parceria do grupo indiano Hero Group e o grupo japonês Honda Motor Company (já que pelos vistos, as empresas internacionais apenas podem criar filiais na Índia se fizerem parcerias com empresas locais). Vendo as imagens seguintes, podemos concluir que as motos são Honda, mas são conduzidas por indianos (e indianas, mesmo vestidas com o tradicional Saree) destemidos por não usarem capacetes e por transportarem na mota toda a família e materiais potencialmente letais (daí a designação “Hero”):
sábado, 30 de abril de 2011
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