domingo, 26 de julho de 2009
Festas populares
Após muito tempo a aguentar estas palhaçadas a que chamam “Festas”, decidi hoje fazer alguma coisa. A gota de água que entornou a minha paciência foi o facto de não conseguir dormir o fim-de-semana todo devido às inúmeras faltas de civismos e ilegalidades provenientes de uma festa próxima da minha casa.
Tudo começou na sexta, por volta da meia-noite, quando tentava adormecer, que começou a barulheira. Começaram a lançar ruidosos foguetes que pareciam bombas lançadas pela aviação inimiga. Até as casas abanavam com as explosões. Dei um salto na cama tão alto que se não fosse o facto de ter agarrado o lençol e o ter usado como pára-quedas, tinha-me magoado de certeza. Não sei precisar qual a hora a partir da qual, legalmente, não se pode fazer poluição sonora, ou seja, ruído, mas deve ser a partir das 22h. Mas para quê lançar fogo-de-artifício? Para começarem incêndios nas florestas próximas? Porque é bonito? Para além do barulho que fazem, são perigosos quer para as pessoas que os fabricam, quer para as pessoas próximas dos locais onde são lançados, podem provocar incêndios que destroem casas, florestas e por vezes provocam vítimas mortais, e por último, não me deixam dormir. Não chegavam lançar os foguetes à noite, mas porque os organizadores destas festas querem ter a certeza que as pessoas não dormem, lançam também foguetes logo de manhã. Porque é que acham que estou acordado a esta hora? Porque as explosões começaram logo às 9h.
O fogo-de-artifício é irritante, mas a “música” que nos obrigam a ouvir durante o fim-de-semana todo acho que é ainda pior. Mesmo que eu quisesse dormir um pouco durante o dia para recuperar, não o conseguiria fazer devido aos berros das senhoras do rancho das “músicas” que são disparadas do alto das torres das igrejas via altifalantes. Sou obrigado a ouvir esta porcaria 2 dias inteiros?
Dou-vos um exemplo, se eu arranjasse umas colunas gigantes e as colocasse no meu jardim ligadas ao PC e começasse a mandar uns tiros e umas bazucadas no Unreal Tournament (no primeiro, claro) à meia-noite, teria logo a GNR à minha porta 30 minutos depois para me mandar calar porque estava a incomodar as pessoas, as mesmas pessoas hipócritas que organizam e apoiam a barulheira das festas populares. Se com as mesmas colunas passasse o fim-de-semana todo a ouvir músicas nas alturas (tipo DJ Tiësto, Cosmic Gate ou Benny Benassi), ou seja, que não fossem músicas de ranchos folclóricos, estaria logo a ser chamado à atenção por caçadeiras, pedradas ou outra qualquer acção repreensiva por parte dos vizinhos.
Onde é que está a diferença?
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2 comentários:
Ola obrigada pelo seu comentario no Blog da Mulher, no post sobre maquiagem indiana.
Com certeza a gde maioria das indianas vive na miseria, mas o objetivo do post foi apenas de mostrar 'algo' que entrou em moda após da novela surrealista Caminho das Indias. Foi apenas com o intuito de mostrar algo bonito, que infelizmente leva o nome de 'maquiagem indiana'. Pq quem conhece realmente a India, e o que se passa no Ganges, sequer deveria lembrar que aquele país existe. Mas como tudo na vida, o pior é escondido do universo.
Ainda bem que percebeu o objectivo do meu comentário...
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