Hoje fiquei “comovido” com uma reportagem que passou no jornal da tarde da SIC que abordou uma página do Facebook, de seu nome “Trocas de Amor”, que promove a troca de bens entre os utilizadores do Facebook e que foi criada pela Jornalista Rita Ferro Rodrigues. Ao início ainda pensei que fosse uma iniciativa que promovia a solidariedade e a ajuda dos mais necessitados ao oferecer-lhes roupa, comida, brinquedos, livros, etc., mas após uma análise mais atenta durante 5 minutos cheguei à conclusão que a página apenas serve para os utilizadores do Facebook pedirem coisas nas quais não lhes apetece gastar dinheiro, retirando a oportunidade dessas mesmas coisas chegarem a quem na realidade mais as necessitam. As pessoas mesmo necessitadas não têm perfil no Facebook, nem PC/tablet/smartphone, nem dinheiro para pagarem Internet, nem sequer um emprego onde possam utilizar a Rede Social, pelo que não estou a ver como é que estas pessoas são ajudadas e o que é que as palavras “ajuda” e “solidariedade” têm a ver com esta iniciativa.
Esta página é uma espécie de local para efectuar pedidos ao Pai Natal, com a vantagem que funciona o ano todo e não apenas no dia 25 de Dezembro. Os pedidos e as ofertas são efectuados nesta página onde os utilizadores do Facebook descrevem o que querem ou o que têm para dar, trocar ou emprestar e os interessados combinam a entrega pessoalmente ou através de algumas utilizadoras desempregadas que transportam os bens nos seus próprios automóveis entre os vários locais logísticos de norte a sul – os entrepostos.
Deixo aqui o link para o caso de terem alguma coisa que pretendam “doar” a estas pessoas. Mas se preferirem também podem doar esses bens às verdadeiras instituições de solidariedade que as farão chegar às pessoas realmente pobres e necessitadas.
3 comentários:
E viste como ela brilhou? Pronto.
Acho triste que isso seja a unica coisa que tem a comentar sobre esta iniciativa.
Não vejo qual é o mal de outro "nivel de pessoas" (como diz) também poderem trocar as coisas entre si, e não vejo que as pessoas que tem fb não tenham na mesma "necessidades", "dificuldades" ou "indisponibilidade". Não vi ou aderi a esta iniciativa porque já o faço particularmente entre amigas, conhecidas e amigas de amigas...e não é por isso que deixo de ajudar também outras pessoas que não tem nada...e acho que há lugar para todas estas iniciativas, no limite ajudamos o planeta...mas dizer mal é tão fácil.
parece-me muito preconceito achar que as pessoas necessitadas não tenham facebook, nem net... Cresça!
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