terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O que acontecia se a MEO abrisse um Restaurante



Existem muitos portugueses como eu que pagam para ter internet mas a velocidade é tão lenta que mais valia nem ter. Pago tanto como os clientes que têm o privilégio de viverem em zonas abrangidas pela Rede de Fibra Óptica, mas recebo Internet com velocidades do século passado. Para além disso continuam a vender o serviço a cada vez mais clientes, o que faz com que a velocidade piore cada vez mais… ao contrário do preço que se mantém alto e aumenta todos os anos! Quando questionados sobre isto tudo, os “técnicos” e “comerciais” da Operadora (já testei com a MEO/PT e com a NOS), dizem que nada podem fazer porque não garantem velocidades mínimas. Dizem que não têm culpa que a rede esteja congestionada… Está congestionada porque apenas se preocupam em vender e não em melhorarem as infra-estruturas. A Anacom também já foi contactada e nada fazem. Resta-nos pagar e não usar.

Posto isto, comecei a pensar no que poderia acontecer se as operadoras entrassem em outras áreas de negócio e lembrei-me da restauração. O que acontecia se a MEO ou a NOS abrissem um Restaurante? Acho que seria assim (ver infografia):
  • No restaurante existia apenas uma cozinha, com um cozinheiro e um ajudante.
  • O número de mesas da sala era finito. Com 2 ou 3 mesas e sempre que chegasse um novo cliente, pediam-lhes que se sentassem nas mesas existentes. Caso não existissem mesas disponíveis tinham que se sentar fora do restaurante, na rua.
  • Os clientes faziam logo o contrato para 24 meses, almoço e jantar e tinham de oferta o primeiro mês completo com acesso ao menu M4O (para dar o exemplo da MEO). O menu tinha entradas (pão, manteiga, azeitonas), tinha um prato principal (carne ou peixe), bebida (uma ou mais dependendo do número de acompanhantes) e sobremesa (composta por mousse e café).
  • Já com o contrato assinado, o empregado agendava um dia e hora e ia ter com os clientes, levando os pratos e os talheres, colocando-os nas mesas ou no chão dependendo da localização dos clientes. Os clientes que estavam na rua e não tinham mesa ainda tinham que pagar um valor extra para alugar um tabuleiro para conseguirem colocar lá os pratos e talheres.
  • Os empregados voltavam à cozinha para irem buscar a comida. Os clientes que estivessem perto da cozinha e sentados nas mesas recebiam logo a comida, bem servida, quente e saborosa. Os outros coitados que se tinham sentado lá fora no chão, alguns a várias dezenas de quilómetros de distância da cozinha tinham que esperar e desesperar que o empregado lá chegasse com a comida. Os que ficavam perto do restaurante, ainda conseguiam receber alguma comida. Os que ficavam mais longe não recebiam nada, nem viam sequer o empregado que se fartava de andar para chegar aos clientes mas como estavam muito longe, cansado e esfomeado, desistia e comia ele a comida.
  • Os clientes que pagavam e não comiam começavam a reclamar mas recebiam sempre a mesma resposta. “Temos a sala cheia e não garantimos que a comida chegue a todos os clientes”.
  • Alguns clientes mais corajosos tentavam anular o contrato, mas tinham que pagar os 24 meses de refeições que não chegariam a comer. Outros tentavam mudar de restaurante, mas chegavam à conclusão que os outros restaurantes concorrentes serviam a mesma comida, na mesma sala, e nas mesmas mesas, ou seja, o serviço iria ser mau na mesma.

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